Quase dois anos depois, a trompa tem o prazer de regressar ao projecto Raízes. Já na altura, por ocasião do lançamento da maqueta “O Fado como Destino”, se afirmava por aqui que o projecto Raízes vivia “de uma guitarra e um piano, de um diálogo”. É esse diálogo que se reafirma em “Conversa com Carlos Paredes e Zeca Afonso”, um diálogo onde os dois músicos que compõem o projecto (André Santos na guitarra e Nuno Tavares no piano), se debruçam com uma simplicidade desarmante sobre a obra de Carlos Paredes (“Raiz”; “Divertimento”; “O Fantoche” e “Verdes Anos” ) e Zeca Afonso (“Vampiros”; “Canção de Embalar”; “A Morte Saiu à Rua” e “O Que Faz Falta”). Belíssimos momentos…
Depois de uma primeira experiência em volta do fado, esta nova aventura da dupla Raízes parece hoje bem mais consistente. É muita a curiosidade que nos move à partida, tentando perceber como sobreviverão instrumentalmente peças antes cantadas com os “Vampiros” ou a “Canção de Embalar”. Sobrevivem bem; muito bem. Se o impacto é forte – talvez maior – quando se ouvem os temas de Zeca Afonso – talvez até pela falta de uma voz, já os de Carlos Paredes ferem pela emoção da recordação; pelo apoio encorpado do piano de Nuno Tavares. É uma excelente experiência esta, colocada algures entre o clássico e o popular, numa nova e bem conseguida reinvenção da melhor arte musical portuguesa.
No fim, temos mais um disco como deveriam ser todos – ou poderiam; simples mas tocantes. Parabéns.
Depois de uma primeira experiência em volta do fado, esta nova aventura da dupla Raízes parece hoje bem mais consistente. É muita a curiosidade que nos move à partida, tentando perceber como sobreviverão instrumentalmente peças antes cantadas com os “Vampiros” ou a “Canção de Embalar”. Sobrevivem bem; muito bem. Se o impacto é forte – talvez maior – quando se ouvem os temas de Zeca Afonso – talvez até pela falta de uma voz, já os de Carlos Paredes ferem pela emoção da recordação; pelo apoio encorpado do piano de Nuno Tavares. É uma excelente experiência esta, colocada algures entre o clássico e o popular, numa nova e bem conseguida reinvenção da melhor arte musical portuguesa.
No fim, temos mais um disco como deveriam ser todos – ou poderiam; simples mas tocantes. Parabéns.
Ouvir alguns sons de Raízes (apontar a ‘músicas’).
“Conversa com Carlos Paredes e Zeca Afonso” – Raízes (Edição de Autor, 2007)
Popular/Clássica
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