“Música feita por dois amigos…que os liga…” – é muito mais do que isso, sinceramente; na verdade, só a falta de tempo fez com que “Saudade de Ar” não constasse nos “99 de 2006” deste blog. Só mesmo.
Em Novembro de 2005, neste mesmo espaço e sobre o tema “Saudade de Ar”, incluído na compilação “Paredes – Caixa de Música”, afirmava convencido “ porque têm às vezes as coisas simples uma existência tão cheia“. Pois é. Porque têm realmente às vezes, as coisas simples, tão simples assim uma existência tão cheia, uma tal frequência que nos deixa atónitos. Sim, não é exagero, ao ouvir “Saudade de Ar” pela primeira vez fiz aquele meu ar de espanto. Como é possível?
Nado Vivo é o projecto a solo de Ângelo Ricardo (voz e guitarra), quase por fruto do acaso, acompanhado desde fins de 2005 nesta aventura por Rafael Ferreira, ocupado este com as coisas da percussão. Uns escassos piano e baixo têm também uma fugaz presença.
Começa até por ser um disco estranho. Não se percebe a letra. Parece sofrida, dorida, dilacerada pelo gemer. À frente, ou a trás mas com mais atenção, logo se percebe que todo aquele sentimento é debitado em português. Sim, todo aquele sentimento – é uma palavra importante aqui. Como a característica interpretação vocal e poesia o são.
O som é simples, cru como a dor que encena, marcadamente ambiental, estruturamente minimal, o indie rock de Nado Vivo é uma paixão. Uma fixação. O início forte – mas estranho – com “Um Novo Olhar”, “Hoje” e “O Mar Voltou-se” não nos permitem distrações, apenas sensações de uma maior e crescente ansiedade pela audição do que se segue. Quase sempre ao som da guitarra e da bateria, sozinhos, a poesia de Nado Vivo vai acentuando o carácter pessoal, intimista e sensível desta saudade de ar, desta saudade de vida. Acaba depressa; o que é bom sinal.
Como é possível?
Em Novembro de 2005, neste mesmo espaço e sobre o tema “Saudade de Ar”, incluído na compilação “Paredes – Caixa de Música”, afirmava convencido “ porque têm às vezes as coisas simples uma existência tão cheia“. Pois é. Porque têm realmente às vezes, as coisas simples, tão simples assim uma existência tão cheia, uma tal frequência que nos deixa atónitos. Sim, não é exagero, ao ouvir “Saudade de Ar” pela primeira vez fiz aquele meu ar de espanto. Como é possível?
Nado Vivo é o projecto a solo de Ângelo Ricardo (voz e guitarra), quase por fruto do acaso, acompanhado desde fins de 2005 nesta aventura por Rafael Ferreira, ocupado este com as coisas da percussão. Uns escassos piano e baixo têm também uma fugaz presença.
Começa até por ser um disco estranho. Não se percebe a letra. Parece sofrida, dorida, dilacerada pelo gemer. À frente, ou a trás mas com mais atenção, logo se percebe que todo aquele sentimento é debitado em português. Sim, todo aquele sentimento – é uma palavra importante aqui. Como a característica interpretação vocal e poesia o são.
O som é simples, cru como a dor que encena, marcadamente ambiental, estruturamente minimal, o indie rock de Nado Vivo é uma paixão. Uma fixação. O início forte – mas estranho – com “Um Novo Olhar”, “Hoje” e “O Mar Voltou-se” não nos permitem distrações, apenas sensações de uma maior e crescente ansiedade pela audição do que se segue. Quase sempre ao som da guitarra e da bateria, sozinhos, a poesia de Nado Vivo vai acentuando o carácter pessoal, intimista e sensível desta saudade de ar, desta saudade de vida. Acaba depressa; o que é bom sinal.
Como é possível?
Ouvir o belíssimo “Hoje”.
“Saudade de Ar” – Nado Vivo (Edição de Autor, 2006)
01 Um Novo Olhar
02 Hoje
03 O Mar Voltou-Se
04 Haja O Que Houver
05 Olhos Vendem
06 Dormiu
07 Só
08 O Sol
09 Sou O Medo
10 Tens De Abrir
11 Saudade De Ar
Indie
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