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UMA A UMA|"Antologia de Música Electrónica Portuguesa" – Vários Artistas

Rui DinisRui Dinis

A compilação “Antologia de Música Electrónica Portuguesa”, organizada por Rafael Toral, é muito mais do que uma mera compilação. É antes de mais, um antologia – obviamente, quase – na verdadeira acepção da palavra, uma forma muito própria do seu organizador ver a história da música electrónica portuguesa – especialmente a sua emergência. É um extraordinário documento, histórico, verdadeiramente caracterizador de alguns dos caminhos trilhados pela música electrónica portuguesa, nas suas mais variadas abordagens. Espaço de prazenteira audição, é também espaço de pura reflexão e compreensão de um movimento há muito iniciado e que tem entre nós, alguns exemplos internacionalmente reconhecidos.
Terceira edição da Plancton Music…electrónica, experimental, improvisada, fundamental…

01 Nuno Canavarro – ‘Alsee’ (1987), na peugada do central ‘Plux Quba’, apresentado ao sol em 1988 via Ama Romanta.
02 Cândido Lima – ‘Oceanos’ (1978), a alma, pura, de percursoras experiências musicais nascidas através do computador…Cândido Lima.
03 Nuno Rebelo – ‘New Amp’ (1984), as primeiras aventuras pelo amplo – infinito – espaço do experimentalismo, do improviso…longe do ser pop.
04 Isabel Soveral – ‘Anamorphoses I’ (1994), paixão espacial de paisagens e ambientes longínquos, fruto de transformações consequentes…belo.
05 Filipe Pires – ‘Homo Sapiens’ (1972), enorme experiência electroacústica, trabalha partes de vozes numa fusão única…excelente.
06 Telectu – ‘Performance #’(1984), obra larga, minimal, repetitiva, brilhantemente experimental.
07 Jorge Peixinho – ‘Elegia a Amílcar Cabral’ (1973), meditação pura e electrónica para Amílcar Cabral, emocional também.
08 Rafael Toral – ‘Mills Session (introdução)’ (1997), o longo improviso em volta do som, do ruído, das ressonâncias e outras frequências.
09 João Pedro Oliveira – ‘Silence to Light’ (1992), os enigmáticos jogos do silêncio, do som, da surpresa constante…
10 Anar Band – ‘Plasticman’ (1977), do free-jazz ao experimental, improvisado, ou ao contrário. Do improviso ao free-jazz, sempre, sempre experimentando.
11 René Bertholo – ‘África Aqui’ (1996), África digital, de simulação de batuques ao longe ou o cabrito que afinal não o era.
12 Carlos Zíngaro – ‘#444-07’ (1981), exploração pura da sintetização, da sequenciação, assim, sem rede…
13 Emanuel Dimas de Melo Pimenta – ‘Lisbon Revisited’ (1986), uma fita magnética, um computador e o sintetizador de voz, ou a maquinaria ao dispor da invenção.
14 No Noise Reduction – ‘RLO I’ (1995), “circuitos de feedback modulado com guitarra eléctrica e amplificadores de brinquedo“, pois…
15 António Ferreira – ‘O Verão Nasceu da Paixão de 1921’ (1988), a excelente experiência que nasceu de um computador Atari, um sintetizador e algumas fitas pré-gravadas.

> Fonte: Livreto – fantástico por sinal…


“Antologia de Música Electrónica Portuguesa” – Vários Artistas (2004/Plancton Music)

www.planctonmusic.com

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.