Com uma história iniciada há já 17 anos, os Pó d’Escrer têm um novo disco. É o terceiro álbum de originais da banda de Odivelas. Chegou a altura de aplicarmos a ‘chapa 7’ a “Amorexia”:
1. Numa frase apenas, como caracterizam o álbum “Amorexia”?
Amorexia é um álbum de canções fortes, despretensiosas e de uma honestidade crua.
2. O vosso anterior registo, o homónimo “Pó d’Escrer”, é já datado de 2004. Em relação a esse disco, sentem que “Amorexia” é de alguma forma um disco de ‘viragem’ ou um disco de ‘continuidade’? Que principais diferenças encontram?
É um disco de continuidade… mas não apenas em relação ao “Pó d’Escrer”.
É um disco onde damos seguimento ao que de melhor evidenciámos no “Resiste” e no “Pó d’Escrer”. “Amorexia” tem o melhor de cada um destes discos e por isso é até ao momento o nosso melhor e mais personalizado trabalho.
3. O disco foi gravado nos JAP Estúdios, com produção de António Côrte-Real. Como decorreram as gravações? Qual o peso do trabalho do produtor no resultado final?
As gravações não decorreram tão depressa como gostaríamos. Os takes foram feitos com competência e rapidez, mas a disponibilidade do estúdio e produtor não permitiram um trabalho tão célere como gostaríamos. De qualquer das formas o produto final deixou-nos mesmo muito satisfeitos.
O produtor teve uma importância maior na fase de pré produção, que antecedeu o estúdio, uma vez que a opinião de terceiros poupa-nos a inevitáveis e desgastantes discussões aquando do processo de criação e selecção. Aprendemo-lo durante a composição do segundo disco, cuja produção esteve a nosso cargo com a inestimável ajuda do Paulo Trindade. De um modo geral temos aprendido muito com todas as pessoas com quem nos temos cruzado e porque já temos quase dezassete anos de banda é natural que as aprendizagens mais significativas tenham sido as primeiras… Nomeadamente aquando da gravação do primeiro disco, em 1998, com o Marsten Bailey.
4. Que sensações esperam que as pessoas retirem da audição de “Amorexia”?
Esperamos antes de mais que este disco seja uma muito agradável surpresa. Que se identifiquem e emocionem com a sinceridade das palavras que escutam e que se deixem contagiar pelas melodias.
5. Se tivessem que escolher a faixa que melhor encarna o espírito do novo disco, qual escolheriam? Porquê, mais sucintamente?
Felizmente a escolha dos singles para este disco não tem sido nada consensual pois muitas são as músicas da nossa preferência. Mas não podendo escolher mais do que uma, talvez escolhamos a “Ode ao amor”.
Uma grande música de rock que define o Amor da única forma possível… indefinindo-o.
6. O que podem esperar as pessoas que vos forem ver ao vivo?
Podem esperar um concerto surpreendente pela competência e pela eficácia destas músicas ao vivo. Para isso contribuiu muito o facto destas músicas terem sido testadas ao vivo em pequenos palcos antes da gravação deste disco. Os Pó d’Escrer são indiscutivelmente uma banda de palco e é esse o segredo da nossa longevidade.
7. Como vai ser o futuro próximo dos Pó d’Escrer?
No futuro próximo esperamos levar este espectáculo de norte a sul do país através de uma mini tour que está a ser preparada. Quem estiver interessado em associar-se a este evento queira contactar-nos.
“Amorexia” – Pó d’Escrer (Edição de Autor, 2009)