Ainda a escaldar…

Conheço pouco o som anterior dos Ghost in the Machine, senão aquilo que fui ouvindo e lendo: é um facto.

Daí que, o álbum “#2 (Humanize)” ainda que pouco ousado (em parte pelo que esperava de um segundo registo e depois de ter ouvido o que ouvi do primeiro) é um disco agradável, é um disco que se ouve bem e serenamente (às vezes demasiadamente sereno), mas é pouco mais do que agradável. Face às expectativas, às vezes desilude.

Vestido a rigor mas de um pop simples, salpicado aqui e ali por uns pozinhos maquinais (raízes), o disco transmite quase sempre sem excessos, sem riscos, a ideia de um som embalado, emocional, de um romantismo às vezes já perdido no tempo, tais são as lembranças que realça a pouco e pouco. Segundo os músicos, é um disco mais humanizado!

Sendo na globalidade um disco bastante equilibrado, interessante, é ainda assim bastante igual, a melancolia que o acompanha dá-lhe um ar taciturno, que se prolonga por quase todo o disco. A ouvir.

“#2 (Humanize)” – Ghost in the Machine (2004/Ed. Autor)

01. The Eyes of Indian Love

02. Lounge Talking

03. So Simple

04. Displaced

05. My Little Sister

06. The Man Who Walks Alone With a Flame of His Own

07. X Genes

08. My Curiosity

09 Ocean Mirror

10. The Beginning of it

11. Jazzyllusions

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.