Charles Sangnoir | 29 anos | Seixal
Música: La Chanson Noire; The Dead Poets (extintos); Ketamine; Vampyro (projecto de avant garde black metal editado já em 8 paises);
Edição: Fundador da netlabel Necrosymphonic Entertainment.
01. Um músico de referência:
Rui Júnior, fundador do Ó que som tem e da Orquestra de Percussão Tocá Rufar. O homem que devolveu a vida ao folclore português.
02. Um grupo ou projecto de eleição:
Mão Morta. Palavras para quê. O génio daquela gente não tem fim.
03. Um disco fundamental:
Dois, em extremos opostos: “Algarismos” do Carlos Paião – porquê? um manual sobre música pop; e “Vaginator” dos Namek – porquê? um manual sobre caos, ruína e cojones do tamanho de melancias.
04. Uma canção ou tema inesquecível:
“Bairro do Amor” do Palma. Simplesmente subtil.
05. O disco que ultimamente mais o surpreendeu:
“Apocalipse Cancelled” de Euthymia/Langsuyar. Verdadeiramente intenso. Uma pérola da música feita em Portugal nos últimos anos.
06. O último disco que comprou: Quando?
Hm…Comprei três na mesma altura, há um ou dois meses atrás. ‘Guerrilheiro’ de Kussondulola, ‘Um Zero Amarelo’ pela banda com o mesmo nome, e ‘Sede’ do Jorge Cruz.
07. O disco de 2009 que mais gostou:
Bom, ainda vamos a meio, mas talvez o “Amália Hoje”.
08 O disco que mais o desiludiu:
‘MMI’ dos Pontos Negros. Esperava uma coisa mais crua, mais forte. Mas há coisas assim. Já ao vivo, a coisa muda de figura.
09. A última boa descoberta:
“Vinho dos Amantes” do Janita Salomé. De repente aparecem álbuns assim: intensos, originais. Coisas que te fazem acreditar na música.
10. O último concerto que assistiu ao vivo? Quando?
Vi uns quantos no mesmo fim de semana, aqui há 15 dias. Um showcase de Donna Maria na fnac do Algarve, e Mú, Amar Guitarra e Sam Alone no festival Med. Todos óptimos espectáculos!
11. O artista ou banda mais importante para a história da música moderna em Portugal?
Tricky question. Para mal dos meus pecados, provavelmente a Amália. Embora a segunda metade da sua carreira tenha sido algo de deitar aos cães, ela estabeleceu todos os precedentes necessários para que um músico em Portugal consiga ambicionar viver da musica, seja aqui seja lá fora.
12. Um disco que se aconselha; livre e gratuito:
“Palavras mal ditas” do Aires Ferreira. É um spoken word bem pesado e intenso que vale decididamente a pena escutar.
E é gratuito: basta ir a www.necrosymphonic.com e sacar.