De regresso em 2011 com o álbum “Wild Grown” (Sony Music, 2011), os CineMuerte são os convidados de hoje do “No Verão com…”. A vocalista Sophia Vieira deu as respostas.

Porquê e como nasceu o nome CineMuerte?
O nome nasceu um pouc o do acaso. Estávamos em 2002, e o projecto estava então com 6 meses e sem nome. O João Vaz procurou um pouco pela net e deparou-se com o festival de cinema de terror, Cinemuerte. Sugeriu–me o nome e eu achei sonante. Por outro lado como adoro cinema, e nele busco inspiração, o nome fazia sentido.

O que move os CineMuerte?
Penso que o que nos move é o gosto de compor e de tocar. Só mesmo isso pode justificar ensaiarmos em média 15 a 18 horas por semana em horário pós laboral. Pelo que me apercebo, com o contacto com o público, é algo de surpreendente, mas para nós, é o “natural”. Penso que equivale, para certas pessoas, a estares à frente da televisão a ver 3 novelas depois do trabalho.

Um adjectivo que vos caracterize como banda?
Autêntica.

Numa frase apenas como caracterizam o novo disco?
“Wild Grown” é um passo em frente num processo evolutivo de autoconhecimento, de desbravamento do caminho a seguir.

Se tivessem de escolher a faixa que melhor encarna o ‘espírito’ dos CineMuerte, qual escolheriam? E porquê?
On the Wild Grown Grass. E foi escolhido como single exactamente para transpirar-se no verdadeiro espírito do álbum.

Apontem duas razões para ouvir – quiçá comprar – o vosso novo disco?
É um disco melódico que puxa muito pelo íntimo de cada um. Tem uma linguagem universal. Toca a todos, fala por todos e fala a todos.

Querem propor um disco da música portuguesa que vos tenha agradado nos últimos tempos – o vosso não vale?
Se o nosso valesse, ai ai. Dos Riding Panico, “Lady Cobra”.

Para os CineMuerte a Internet é…
Um amplificador e um amplifica a dor!

Há quem insista que o rock morreu. Morreu ou não?
Espero que não. Assusta-me porque a genuidade como tudo e não só apenas na música tende a desaparecer. O crú tende a ser substituído pela arte de manipular. Embora eu ache muita piada a todas as formas derivadas de rock. Existem muitas derivadas. Agora o “boom boom ”, veremos se viverá por muitos anos. Tudo na vida é cíclico.

Como vai ser o resto do Verão para os CineMuerte?
O verão para os cinemuerte continua a ser uma estação como todas as restantes. O coração não pára.

Ouvir CineMuerte

foto de CineMuerte

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.