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Youthless falam-nos do novo “This Glorious No Age”

Rui DinisRui Dinis

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“This Glorious No Age”; é este o título do novíssimo álbum de estreia dos Youthless.  O disco foi editado em Portugal pela NOS Discos (para download legal e gratuito), no passado dia dia 7 de Março e será editado pela Club.the.mamoth / Kartel em Inglaterra, no dia 4 de Abril. A ‘curta’ de hoje é com os Youthless:

Numa frase apenas, quem são os Youthless?
Dois estrangeiros que, desde miúdos, adoptaram Portugal para a sua casa e tocam e fazem música juntos desde o liceu.

Um adjetivo que caracterize a música de Youthless?
Dionisíaco.

Porquê o título de “This glorious no age” para o novo disco?
Duas razões. O nome faz referência a uma das temáticas do LP, enquanto parece que hoje estamos num momento histórico importante, um tipo de encruzilhada ou ponto de não retorno para a civilização ocidental, estamos também completamente obcecados pelo passado e hipnotizados pelo futuro, sem um claro sentido do presente. Parecemos viver numa idade sem carácter próprio, cheia de nostalgia cultural e projeção, seja ansiosa ou utópica, do que vem a caminho. A segunda razão do título é que no disco escondemos, dentro de muitos dos nomes das faixas do disco, nomes de duos musicais de rock/electrónica, em ordem mais ou menos cronológica. Por exemplo, no título fazemos referência ao duo de noise rock de L.A. “No Age.”

Em duas ou três linhas, como se caracterizaria o novo disco?
Continuamos com um base forte de riff rock e um psicadelismo baseado no noise e rock sónico, mas o disco também tem algo de delicado, estranho e contemplativo, se calhar por causa do conceito geral ou temáticas das letras, que lhe acrescenta mais dimensões e cores.

Qual a faixa que melhor encarna o ‘espírito’ de “This glorious no age”? Porquê?
Não sei se encarna melhor o ‘espírito’ mas acho que a primeira faixa, “Sail On,” é uma das mais estranhas e interessantes e mostra um lado novo da banda.

Uma razão muito forte para ouvir o novo disco?
Pelo que me foi dito por quem já o ouviu, musicalmente, e com a temática e conceito que tem, o disco tem algo de muito original e diferente. Não sei se isso é verdade ou não, mas se for ficamos muito felizes.

O que esperar de Youthless ao vivo?
Às vezes caos, delírio e nudez, outras vezes magia e viagens sónicos, ou ainda força bruta e algum sangue. Depende muito do nosso jantar e horas de sono.

Como vão ser os próximos tempos de Youthless?
Acho que vamos tocar muito ao vivo, ao menos em Portugal e em Inglaterra, durante uns tempos, e se calhar trabalhar noutros projetos e também no próximo disco dos Youthless para o qual já temos bastante material.

Agenda:
– 19 de Março, Salão Brazil, Coimbra
– 1 de Abril, Stairway Club, Cascais
– 15 de Abril, Pouca Terra, Barreiro
– 16 de Abril, Play-Doc, Galiza
– 23 de Abril, Fnac Braga
– 23 de Abril, Convento do Carmo, Braga

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.