Hoje, é a portuense Lovers & Lollypops que está online n’a trompa. Joaquim Durães fez-nos um balanço de 2010 e perspectivou o novo ano. Aqui vai:

1. Desde quando existe a Lovers & Lollypops? e como surgiu a ideia de a criar?
A Lovers & Lollypops surge em 2005 e surge como continuação de um trabalho para a faculdade que tratava do circuito underground de Barcelona, cidade que brotava energia e criatividade em 2004 (e da qual nasceram bandas e projectos aclamados em 2010 como Delorean, El Guincho, ZA!, entre outros). A relação entre músicos, editoras, promotores, designers e público teve um impacto enorme em mim e quando voltei a Portugal tornou-se claro que o objectivo era promover o mesmo tipo de relações deste lado da fronteira, criar algo que seria algo mais que uma editora ou promotora mas sim uma casa e uma família. Até 2005 tinha organizado uma série de concertos mas nunca foi algo pensado seriamente mas a experiência catalã acabou por ser o elemento catalisador da criação da Lovers & Lollypops.

2. Em que géneros musicais se movimenta especialmente a Lovers & Lollypops?
É uma questão impossível de responder porque as edições e os concertos que promovemos são transversais a géneros. Basicamente movimenta-mo-nos naquilo que nos emociona e/ou que nos provoca algum tipo de reacção.

3. Que balanço fazem do ano de 2010 em termos editoriais?
2010 foi um ano importantíssimo em termos editoriais, talvez mesmo o mais importante enquanto editora. As edições de Black Bombaim, ALTO!, Cavalheiro, Long Way to Alaska e The Glockenwise (estes últimos editados em 2011 mas da colheita de 2010) são motivo de grande orgulho para nós porque para além de estarmos super orgulhosos do trabalho conseguido pelas bandas, significaram algo como uma ponte entre as pessoas e bandas com quem trabalhamos desde o início e outras mais recentes que abraçamos. A família cresceu e bem em 2010.

4. Tem sido de alguma forma importante a presença online da editora? Porquê?
A importância da presença online da editora é obviamente enorme tanto a nível de promoção da mesma e das bandas como de comunicação com todos os intervenientes. Este ano tivemos o prazer de editar dois eps do Jorge Coelho e ainda um dos Throes e estas edições abriram novas perspectivas editoriais que iremos concretizar no nosso novo website a ser lançado brevemente e que agrupará tudo o que a estrutura fez, faz e fará no futuro.

5. De uma forma mais geral, como olhas para o panorama editorial nacional?
Apesar de toda a noção romantizada de uma editora ter se perdido (neste momento uma banda pode fazer todo o trabalho por si própria sem depender de terceiros) e da morte de editoras importantes como a Bor Land ou a Merzbau, penso que vivemos um momento especial, um momento de luta intensa que torna tudo mais difícil mas também mais delicioso na conquista e o trabalho de pessoal tão díspar como a Soopa, Enchufada, M.P.D. ou FlorCaveira tem sido de um valor inquestionável.

6. Quais as expectativas para os próximos meses; para o ano de 2011 – novidades?
Nos próximos meses continuaremos a promover os discos de Long Way to Alaska e The Glockenwise, preparamos a edição do novo disco dos Larkin, estamos a preparar ainda algumas edições online e também 7″, lá para o final do ano os Black Bombaim vão editar um disco muito especial, uma ópera rock, que surpreenderá muitas pessoas, tudo isto entre um montão de concertos e, se tudo, correr bem com o nosso festival, o Milhões de Festa, pelo meio.

Catálogo:
Guilherme Canhão, Besta Bode, Jorge Coelho, Cavalheiro, Alto!, Throes, Black Bombaim, Long Way to Alaska, The Glockenwise, Nimai, Green Machine, Lobster, Veados com Fome, etc.

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.