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Online com a Meifumado Fonogramas

Rui DinisRui Dinis

A trompa está de regresso ao nosso rico universo das editoras independentes. São várias e boas, felizmente. Para começar, lançámos o desafio à Meifumado Fonogramas. As respostas chegaram-nos de Duarte Araújo e Zé Nando Pimenta. Aqui vai:

1. Desde quando existe a Meifumado? e como surgiu a ideia de a criar?
A Meifumado existe desde 2004 não sabemos bem porquê. Provavelmente partiu de uma qualquer ilusão.

2. Em que géneros musicais se movimenta a Meifumado?
Sempre nos pareceu que a música mais interessante tem a característica de transcender géneros, existem muitos que em princípio não nos agradam, no entanto há sempre um ou outro artista a trabalhar debaixo de uma dessas bandeiras que invalida a generalização. São esses que procuramos.

3. Que balanço fazem do ano de 2010 em termos editoriais?
Foi bastante positivo com a edição de 4 álbuns totalmente distintos. Todos figuraram em várias listas dos melhores do ano o que, apesar de na prática representar pouca coisa, é muito interessante do ponto de vista editorial e estético da Meifumado, e, principalmente, é um reconhecimento do trabalho dos artistas em questão, nomeadamente AbztraQt Sir Q, Guta Naki, Mind da Gap e Mc Jihad.

4. Tem sido de alguma forma importante a presença online da editora? Porquê?
Claro que sim. O mercado da música está numa constante mutação algo confusa. Neste momento há imensas formas de apresentar e explorar comercialmente a música, a ideia é criar o maior número de formas possíveis. Através do nosso site (www.meifumado.com), é possível comprar CD’s em qualquer país do mundo e com a compra é imediatamente oferecido o MP3 do mesmo. Se alguém compra o CD não faz sentido ficar à espera dois ou cinco dias para o ouvir. Através do email de confirmação recebe imediatamente um link para o download do álbum. Temos ainda a venda de música digital sem a necessidade de qualquer tipo de registo. Está disponível em formato WAV (sem compressão/qualidade CD) e MP3 (320 Kps) ao mesmo preço, não fazemos qualquer tipo de distinção porque é importante que o público tenha acesso à música com boa qualidade. Há uma enorme desinformação. Dizem que o WAV é pesado mas hoje em dia essa questão nem se coloca ao preço que estão os discos rígidos,
por outro lado, o WAV permite a conversão para MP3 mas o contrário não é possível sem afectar a qualidade sonora. Sentimos que, enquanto editora, temos a responsabilidade de disponibilizar o melhor, é para isso que trabalhámos horas no estúdio a gravar os discos. Para além disto, conseguimos vender e oferecer músicas, vídeos, tudo o que seja digital, através de um sistema de códigos. Quem for assistir a um concerto pode receber no bilhete um código com uma oferta (música, vídeo), comprar o CD, ou comprar um cartão com um código que lhe dá acesso ao álbum digital. Basta aceder à Meifushop (www.meifumado.com/meifushop.php) e inserir esse código. Este sistema também nos permite enviar música para trabalhar a promoção e para promotores de festivais, que começam a pedir links com dois/três temas de um álbum. Se uma rádio recebe o CD e imediatamente faz uma conversão para MP3 para os servidores, porque não receber logo um MP3 na qualidade máxima? Numa altura em que se criam sites com esta finalidade e se discute a relevância do CD, decidimos criar um sistema no nosso site que nos permita fazer tudo, a venda e a promoção.

5. De uma forma mais geral, como olham para o panorama editorial nacional?
Está saudável. Tem coisas boas e coisas más numa relação equilibrada como o universo.

6. Quais as expectativas para os próximos meses; para o ano de 2011 – novidades?
Muito trabalho. A Meifumado “transformou-se” numa casa de produções e surpreendentes novidades estão para chegar. Há, também, alguns discos para editar que não passam por um formato específico, é o que sentimos que faz mais sentido para o objectivo do projecto em causa. Novos artistas poderão ser anunciados… vamos lançar música em CD, só digital (por exemplo, temos a edição de 12 álbuns, 1 por mês, só em formato digital da última década da Zany Dislexic Band. É bastante ambicioso!). Para além disto há a promoção, o management, o agenciamento dos nossos artistas que, também, somos responsáveis. Há muito a fazer.

Catálogo:
The Zany Dislexic Band, Guta Naki, AbztraQt Sir Q, Mind da Gap, Mc Jihad, Paco Hunter, PZ, Preto, Kalaf + Type, Pplectro.

Contactos:
Rua do Carvalho, 60/A – 6º, 4150-192 Porto – Portugal
(+351) 910 392 991
info@meifumado.org

logótipo Meifumado

www.meifumado.org
www.myspace.com/meifumadofonogramas

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.