a_trompa: O que mudou nos Plastica e na sua música, do primeiro “Pop Songs & Rock People” para o novo “Kaleidoscope”?
Rui Berton: Acima de tudo crescemos como banda! O som dos Plastica foi amadurecendo com os anos. A sonoridade mais directa e “rock”, por assim dizer, é um resultado dos concertos ao vivo. É uma evolução natural das experiências que temos dos concertos e da relação entre os elementos da banda. Do primeiro disco “pop songs & rock people” para os seguintes diferencia principalmente o facto de termos mais liberdade criativa porque gravamos os discos no nosso estúdio, sem limites de tempo nem barreiras editoriais.
a_t: Numa frase, como caracterizam o novo álbum “Kaleidoscope”?
RB: O melhor disco da banda! Acho que conseguimos o que queríamos. (isto são duas frases…ooopps).
a_t: Quem não conhece ainda Plastica ao vivo, o que vai encontrar nos concertos da banda?
RB: Muito suor! Damos o máximo em cada concerto! Tentamos sempre ser melhor do que nos discos e normalmente conseguimos!
a_t: Os Plastica repartem-se em concertos por Portugal e Espanha; têm encontrado reacções diferentes quer ao disco, quer aos concertos?
RB: Sim. Em Espanha temos certas vantagens que cá não temos! Existe um mercado indie-rock ou rock alternativo muito maior que cá. As pessoas são muito receptivas ao nosso som e á banda! E curiosamente , em alguns casos, por sermos portugueses. Existe um enorme circuito de clubs onde as pessoas têm o hábito de ir a concertos (algo que cá não há). Um número infinito de revistas, lojas, sites da especialidade e acima de tudo uma fome de conhecer coisas novas mesmo que tenham que pagar entrada nos concertos! Por cá as pessoas ainda continuam cépticas em relação à banda, apesar de termos, felizmente, muita gente que nos acompanha e que vai descobrindo. Não só connosco mas de um modo geral não há muita curiosidade em conhecer ou em apoiar bandas nacionais. Foi-nos, por exemplo, mais fácil entrar na televisão nacional espanhola do que em qualquer uma das portuguesas. Já mencionei que somos portugueses e não espanhóis?
a_t: O novo disco foi editado em Espanha pela Liliput Records e em Portugal pela Rewind Music; que avaliação fazem até ao momento desta estratégia?
RB: Em relação à Liliput as coisas estão a correr bem. Já é o nosso segundo disco com eles e o “Kaleidoscope” saiu lá mais cedo também. Sendo uma editora independente, têm-nos como banda prioritária. O que à partida é um incentivo para ambas as partes. A Rewind Music agarrou agora no projecto. As coisas também estão a andar bem e esperamos que dêem frutos em breve! Com ambas as editoras existe uma “parceria” com a banda. As coisas são trabalhadas como que em conjunto. Preferimos fazer assim para, mais uma vez, não perdermos o controlo do barco.
a_tr: O que podemos esperar do futuro dos Plastica – a curto e médio prazo?
RB: Os Plastica vão começar a tocar por cá e por Espanha em promoção do “Kaleidoscope”. Sei (assim de cabeça) que temos um concerto em Espanha de apresentação do festival Benicassim e possivelmente um festival grande cá em Portugal. Haverão mais. É irem passando pelo site da banda, plasticamusic.com, e verem se vamos até à vossa “casa”!
Ouvir alguns sons de Plastica.
Rock
www.plasticamusic.com
www.rewind-music.net