Com o novo disco já disponível, a trompa quis saber um pouco mais sobre “Olympia”:

O Título

O disco chama-se Olympia em honra da capital do estado de Washington, nos EUA. Em Setembro de 2011, eu e a Mariana Ricardo, de Minta & The Brook Trout, passámos por lá na nossa digressão com os They’re Heading West (projecto paralelo que temos com o João Correia, dos Julie & The Carjackers e o Sérgio Nascimento, dos Humanos). A Costa Oeste dos Estados Unidos é dos sítios mais bonitos por onde já tive o prazer de andar, e essa viagem foi uma injecção de energia criativa maravilhosa.

O Conceito

Como os discos anteriores, este não parte propriamente de um conceito temático. Decidimos esperar pelo momento em que eu tivesse composto músicas suficientes e que fizessem um todo coerente antes de as trabalharmos como banda e ir para estúdio gravá-las, e foi uma decisão acertada.

A Produção

A produção do disco ficou, mais uma vez, dividida entre mim e a Mariana Ricado. Somos uma boa equipa, porque no que diz respeito aos arranjos temos especialidades diferentes e complementares. Ela percebe muito mais de percussão e ritmo, eu mais de harmonia. Por isso os arranjos de coros são meus e dos cantores, as soluções de ritmo são dela, do Nuno Pessoa, o nosso baterista, e, no caso do “Future Me”, do Ian Carlo Mendoza, dos Tigrala, que convidámos para tocar percussões. Gravámos em Paço de Arcos, nos estúdios da Valentim, com o mestre Nelson Carvalho, com quem já queríamos trabalhar há muito tempo. Como fomos muito bem ensaiados e com os arranjos quase todos decididos para estúdio, conseguimos gravar quase tudo “ao vivo”, os quatro a tocar ao mesmo tempo. Até a maior parte das vozes foram captadas assim. Foi um processo de gravação exemplar.

O Single

O single, “Falcon”, foi escolhido por ser a canção mais imediata do disco; a porta de entrada mais ampla para o “Olympia”.

A Mensagem

Cada canção tem uma ou mais histórias na sua origem, mas interessa-me mais a maneira como cada pessoa acaba por lê-las, as interpretações dos outros são sempre mais entusiasmantes do que as minhas descrições.

A Sonoridade / A Novidade

É um som mais rico. No disco anterior as canções foram gravadas em versões muito despidas, quase como as tocaríamos ao vivo. Desta vez, para além dos coros e dos sopros convidados, experimentámos mais instrumentos que até agora tinham aparecido pouco ou nada em Minta & The Brook Trout: banjo, pandeiro, ukulele, adufe, sintetizador, guitarras eléctricas extremamente distorcidas, vibrafone…

A Edição

O álbum sai pela Optimus, pelo que a distribuição e a exposição será mais alargada do que a que conseguimos nos discos anteriores. Pela dimensão a que chegou o “Falcon” mesmo antes da edição, tenho as melhores expectativas em relação à edição do “Olympia”.

Os Concertos

Ontem tivemos o nosso primeiro teste ao vivo, na D’Bandada Optimus, no Porto, e foi um belo concerto. O desafio foi pegar em arranjos bastante complexos e transportá-los para o formato mais rock que queremos fazer ao vivo, em quarteto: eu a cantar e a tocar guitarra, a Mariana Ricardo só no baixo e coros, o Manuel Dordio na guitarra eléctrica e lap steel, e o Nuno Pessoa na bateria e nos coros.

O Futuro

O concerto de lançamento acontece esta semana, dia 10, no Salão Nobre do Conservatório Nacional, no Bairro Alto. Nos próximos tempos temos concertos marcados um pouco por todo o lado, e é nisso que nos vamos concentrar – tocar estas músicas dá-nos um gozo enorme, que espero que consigamos partilhar com o máximo possível de pessoas.

Minta & The Brook Trout – “Olympia” (Optimus Discos, 2012)| FOLK ROCK | Download Legal de “Olympia”
www.minta.me
minta.bandcamp.com
www.myspace.com/mintamusic
optimusdiscos.pt

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.