Hoje, ficamos com os Atma. Primeiro a nota biográfica, depois as palavras de Hugo Claro sobre os temas que compõem o novo álbum do quarteto.
Atma nasce no início do ano de 2007, tendo como origem um duo composto por Hugo Claro e Jorge Machado.
Com Alma de Viajante, Atma vive da fusão de diferentes sonoridades, caminhando com naturalidade por vários estilos musicais.
No fim de 2007 o projecto passa a ter a participação de Berta Azevedo e em 2008 de Caroline Oulman.
A vontade de explorar novos sons e novos conceitos no espectáculo foi evidente e por isso também há que salientar nesse período, as participações de Gonçalo Bacalhau (Guitarra Clássica, Charango e Sagats) e Lucas Almeida (Desenho Digital).
Foi em 2010 que os Atma, constituídos por Hugo Claro (Composição, Voz, Guitarra Clássica, Acordeão, Bandolim e Guitarra Portuguesa); Jorge Machado (Cajón, Darbuka, Udu Drum, Tambor de Água, Frame Drums, Taças Tibetanas e pequenas percussões); Berta Azevedo (Voz e pequenas percussões) e Caroline Oulman (Voz, Guitarra Clássica, Sagats e Dança) se lançaram na aventura de gravar o seu 1ºÁlbum “Com a mesma Alma” (Edição de Autor), contando com as participações de Gonçalo Bacalhau (Sagats e Shaker) e Guilherme da Luz (Sintetizadores).
Após as gravações, os baixos começaram por ser tocados ao vivo por Gonçalo Nunes (Baixo Eléctrico) e posteriormente por José Sebastião (Baixo Eléctrico) e João Novais (Contrabaixo), que esteve presente no lançamento do Álbum, assim como os convidados: Gonçalo Nuno (Flauta Transversal), Guilherme da Luz (Sintetizadores), Emília Rodrigues (Dança), Cláudia Santos (Dança) e Elsa Shams (Dança).
Pelo caminho, os Atma têm mantido uma partilha artística com diversos amigos, tornando a sua música e os seus espectáculos mais abrangentes. Já participaram ao vivo como convidados neste projecto: Teresa Gabriel (Voz e Guitarra), Rúben Branco (Didgeridoo), Susana Luís (Dança), Lobsang Dorje (Voz e Taças Tibetanas), Nuno Mascarenhas (Didgeridoo) e Simon Frankel (Performance). (Fonte: Atma)
1. O Cantador de histórias
A primeira faixa do álbum é um fado, visto que se trata de uma viagem a vários estilos e ambientes, a ideia foi começar por Portugal, homenageando assim o nosso País de origem. Este tema, composto no ano de 2009, faz uma abordagem à tradição, porém com a introdução da percussão e a utilização das vozes em conjunto, diverge do clássico. O Cantador de histórias é um viajante que semeia sonhos por onde passa, através dos seus relatos apela à imaginação de quem o escuta e só pode viver desse modo pois é um espírito livre.
2. A Batalha Esquecida
Antes de se falar da amargura da batalha faz-se uma prece, um pedido de ajuda. Depois coloca-se o dedo na ferida da humanidade sem esquecer que o inimigo está dentro de nós e é aí que tudo começa… esta música percorre vários estilos, formando em conjunto uma linguagem própria. É composta por excertos que ao longo dos tempos se foram agrupando, desde 1994 aproximadamente até 2009, culminando num relembrar de união.
3. Liberta todos os seres
Direccionada ao próximo, esta canção de sonoridade latino-americana surgiu em 2002, foi um prenúncio de algo maior. Para além da vertente humana directa, tem uma componente de fé e libertação global.
4. Jardim de Espelhos
Assinalando o início de um novo ciclo, a música número quatro do álbum nasceu em 2009 e transporta-nos para um jardim de diversidade que reflecte vários pontos de vista musicais. Tal como “A Batalha Esquecida” também este tema é fragmentado, como se de um sonho se tratasse. Conta-nos uma história de amor e misticismo, envolta numa sensação de redescoberta.
5. A Celebração dos Pássaros
Outrora “A celebração das aranhas ou algo terminado em feliz”, consta do ano de 1994 aproximadamente. É uma valsa alegre que acaba bem. O apontamento dos assobios surgiu durante as gravações e acabou por influenciar o seu título.
6. Deserto Imaginário
O deserto que aqui é proposto é festivo, como uma miragem de povos nómadas numa rota dançada sobre as areias escaldantes do caminho. Foi uma das primeiras respirações deste projecto, datado de 2007, sempre nos acompanhou desde os primeiros ensaios na praia e marca energicamente a sua presença no álbum “Com a mesma Alma”.
7. Um Despertar
“O calor do amor inundou a alma” e assim se despertou para novos rumos… no fundo este tema gerado em 2008 vem confirmar a mensagem Atma, que é direccionada a cada um de nós e à sua evolução. Claramente influenciado por sons Árabes do norte de África, mistura a música Portuguesa numa fusão pacífica e aventureira.
8. O Longínquo
A vontade de ir mais além, para além do corpo e da mente, atravessando dimensões… “O longínquo” é uma meditação em forma de canção, escrita em 2005. Restaura a vontade de partir rumo ao infinito, deixando um aviso de que é possível aceder a outros planos, a outros estados de consciência.
9. Dedicatória azul
Composta pela simplicidade instrumental, é dedicada a quem partiu e deixou um legado de memórias. Surgiu em 2004 e foi o primeiro tema a ser trabalhado em conjunto pelos fundadores de Atma, abrindo portas para o que veio depois.
10. Restaluz
É uma mensagem de esperança, que se formou de 1997 a 2009. Mistura o flamenco com o Oceano Atlântico, embalando vivências numa constante melodia transversal.
11. Recomeços
A última música deste CD, que viaja por vários lugares, é simultaneamente um recomeço, um ponto de partida. Na alegria, na solidão, nos opostos da matéria… aqui se encerra um tributo vivo à natureza. Num mantra antigo e intemporal, com as cores de uma pintura feita em conjunto.
“Com a mesma Alma” – Atma (Edição de Autor, 2010)
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