Chama-se “Novecentos” e é o álbum de estreia dos MULHERHOMEM. Os próprios explicam-no melhor, faixa a faixa:

01 Dormente Indecente – São segundos que provocam desconforto mas o tempo passa e continua tudo na mesma. O que fazer? Nada…já não temos paciência para desvarios.

02 Inverno Inverso – Quando metem os dedos nos ouvidos é sinal que estamos no local certo na altura certa e esse é o momento ideal para aumentarmos o volume.

03 Sopa de Intervenção – O outro em êxtase ouviu as palavras ocas que prometiam glória e ficou estupidamente eufórico. Hoje continua tudo na mesma.

04 Às Vezes Nulo – Esta foi a primeira música composta para MULHERHOMEM. Quando as amarras e os preconceitos são quebrados surge o puro prazer da criação e assim facilmente é esquecido o que ficou para trás.

05 Do Semente – É o primeiro single porque a votação efetuada estava inquinada. O tubarão não cai no esquecimento e a senhora que dança de uma maneira estranha é demasiado cativante para ficar noutra posição.

06 Pele Casaco – A simplicidade e a pureza de mãos dadas.

07 Papel de Parede – Todos temos momentos de profunda e saudável loucura.

08 Se O Sufoco Falasse – O movimento é quase perpétuo mas algures no tempo existe uma pausa que nos torna belos. A pausa é breve. O silêncio impera. O movimento espreita e vê uma oportunidade de nos maltratar até ao fim.

09 FP 232 – Imitação do rei. Todos temos ou tivemos uma colega pujante.

10 Memória de Alcatrão – Um idiota disse: “NÃO!”. Mas os outros disseram que ele estava errado. Finalmente o idiota foi derrotado.

11 Aminoácido Flácido – Qualquer jardim tem as suas correntes. Não cair no buraco, evitar o galo, ter o céu à nossa frente, não sentar na cadeira e tratar bem os cães é essencial para ser singular.

12 Intromente – Peça musical antiga e tenazmente presente. É a irmã mais nova da próxima.

13 Traficante – Ser trolha não é tão fácil como pode parecer, exige total abandono dos hábitos sustentados pelas criações dos mais sábios.

14 Oitenta e Oito – Felizmente nunca ninguém soube qual era a sua atividade profissional. Não se deve ter vergonha de ser cozinheiro mas a piada é mesmo essa.

15 Procrastinador Nº1 – Sininhos de uma carrinha de gelados e outras coisas que significam pouco ou nada. Banda sonora perfeita para o fim da nossa verdade.

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capa de novecentos
MULHERHOMEM – “Novecentos” (2011)

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.