Longe vão outros tempos. Os primeiros tempos de Feromona. Os tempos em que a cada esquina espreitava ferozmente o fantasma querido de uns Ornatos Violeta. Mais perto dos dias de hoje, vão os tempos em que numa tentativa de levar a vida a direito se exorcizaram aquele e outros fantasmas do passado.  Com sucesso. Hoje, os tempos são outros e os Feromona parecem viver bem melhor consigo mesmos. Em “Desoliúde” e sem intenções de esconderem influências do passado, o grupo de Diego Armés (voz e guitarra), Marco Armés (bateria, percussões e coros), Bernardo Barata (baixo e coros) e João Gil (teclas, guitarras e coros), soube encontrar o seu lugar no espectro alternativo do rock nacional. São ideias buscadas ao indie e ao rock alternativo das décadas passadas, apimentadas por textos tratados com atenção. Tratados naquela língua que primeiro nos fala ao coração; naquela língua que tratamos por tu sem esperar que esta nos responda com trivialidades. São palavras com sentido.
Os Feromona estão de parabéns; por escreverem e cantarem em português; por serem quem são; por marcarem uma posição.

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capa de Desoliúde
“Desoliúde” – Feromona (Amor Fúria, 2010)

01 Film Noir
02 Alfama
03 Selvagem Tosco
04 Assassina
05 Canção Para Nós
06 Como Os Cães
07A Courtney Love
08 Mulher Em Gomos
09 Desalento
10 Narita Express
11 O Amor Como Nos Filmes
12 Isto Não É Hollywood

género: rock
feromona.net
www.amorfuria.pt
www.myspace.com/amorfuria

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.