E hoje há FAIL BETTER!, um projecto de João Pais Filipe (bateria), João Guimarães (saxofone alto), Marcelo dos Reis (guitarra eléctrica), José Miguel Pereira (contrabaixo) e Luís Vicente (trompete). O disco chama-se “Zero Sum” (JACC Records, 2014) e é à volta dele que vai andar esta ‘curta’:
Como nasceu o projecto FAIL BETTER!?
O quinteto nasce da união de uma série de projectos e colaborações que temos em comum. Em Junho de 2012 na décima oitava edição do Double Bill – Concert Series apareceu a primeira oportunidade de tocarmos no formato de quinteto. O resultado foi muito positivo (é possivel ouvir uma música desse primeiro encontro na internet), em Fevereiro de 2013 fizemos uma tour que passou por 5 cidades, e um dos resultados foi este nosso primeiro disco (Zero Sum) gravado ao vivo no Salão Brazil.
O que move FAIL BETTER! na música?
O que move a nossa música é o sentimento fantástico e desafiante de partir para ela sem preconceitos, o facto de subirmos para um palco, ou para uma sessão para tocar musica livremente improvisada, é um privilégio, e isso faz com que a nossa energia seja cada vez maior, e sempre que o fazemos é com a maior das motivações, ás vezes pode não correr bem, como tudo na vida, o erro faz parte do ser humano, e nós gostamos dele, daí o nosso nome.
Um adjectivo que caracterize a música de FAIL BETTER!?
ERRO é um adjectivo?…
Porquê o título de “Zero Sum” para o novo disco?
Basicamente é uma ligação indirecta entre o nome da nossa banda e o facto de quando uma pessoa ganha, a outra obrigatoriamente perde. Logo todos os perdedores compensam o total alcançado pelos vencedores. No final tem o seu significado politico, infelizmente que temos sido nós (povo) a perder mais.
Numa frase apenas, como caracterizam o novo disco?
Uma mistura de tudo aquilo que ouvimos, e isso é tão abrangente que definitivamente não entra em nenhuma definição política que se dá aos “gêneros” musicais, é música e ponto final.
Se tivessem de escolher a faixa que melhor encarna o ‘espírito’ FAIL BETTER!, qual escolheriam? Porquê?
THE GROWING BORDER. Por ser a música mais completa, e com uma narrativa mais extensa e elaborada, por demonstrar uma escuta e respiração do quinteto mais pautada e progressiva, que permite a música evoluir até um um climax, e acho que isso define um pouco a forma progressiva como encaramos as nossas improvisações. Como o título indica é uma fronteira crescente, e sem limites, é uma pena que no campo político as coisas não sejam assim tão pacificamente abrangentes como a arte, acho mesmo que não importa de que lado estás, apenas não queremos que as bombas caíam.
Apontem duas razões para ouvir – e mesmo comprar – o vosso novo disco?
Se quiserem uma viagem parecida com o Paris Dakar, o nosso disco é para vocês. É apenas um motivo, mas dada a dimensão da viagem já compensa.
O que podem esperar as pessoas que forem ver FAIL BETTER! ao vivo?
Música sem fronteiras tocada com toda a nossa sinceridade, entrega e energia.
Proponham um disco da música portuguesa que vos tenha agradado nos últimos tempos – o vosso não vale?
É complicado escolher apenas um, o ano ainda vai a meio e muitos bons discos portugueses já andam por aí, pelo menos artisticamente estamos de saúde.
Como vai ser o Verão de FAIL BETTER!?
A preparar uma pequena tour que em Setembro passará por Vila Real, Aveiro e Porto. Estamos a perspectivar mais apresentações do nosso disco, e já a pensar em 2015. Esperamos que seja um óptimo ano para os Fail Better!. [OUVIR]