“Rhythmotion” não é um título sacado ao acaso. Longe disso. Para além de dar título a uma das faixas que compõem o álbum, ele é bem a imagem daquilo que os Machinergy são. “Rhythmotion” é isso mesmo: ritmo e emoção. São assim as 10 faixas do álbum de estreia dos Machinergy, um disco com um groove enorme. Da primeira à última faixa, esta é mesmo a característica que primeiro se sente na pele; e de que forma. É este balanço que em boa parte nos vai mantendo atentos ao momento sonoro que se segue. E sim, estamos a falar de um projecto que se movimenta genericamente pelos campos do thrash e do death metal. Mas estamos também a falar de um projecto que equilibra a melodia e o peso de uma forma cativante. Para sombrio basta a voz de Ruy, vincada e agreste presença ao longo do disco – bem secundada pelos convidados Célia Ramos (Mons Lunae) em “Godus” e Hugo Rebelo (ex-Simbiose) em “Incendiário”. Em conjunto, são os responsáveis pela cavalgada quase sempre maquinal que é o som de Machinergy; um metal fresco e moderno, longe de fórmulas mais ou menos repetidas e repetitivas. Quase no fim, uma palavra de apreço para as experiências em português com os temas “Tirano” e “Incendiário”; bem sucedidas experiências.
Formados em 2006, em Arruda dos Vinhos, os Machinergy têm em “Rhythmotion” um interessante primeiro disco.

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capa de Rhythmotion
Machinergy – “Rhythmotion” (Ed. Autor, 2010)

01 Rhythmotion
02 Blakus
03 Innergy
04 Godus
05 Tirano
06 Incendiário
07 Morning
08 Rewine
09 Moneytrees
10 Beautyfall

| METAL |
www.machinergy.com
www.youtube.com/user/machinergy

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.