É português? Eu gosto!
Foi preciso esperar sete anos para voltar a contactar com a Stealing Orchestra, esse projecto marcante e desconcertante do início deste século. Lembremo-nos de discos como “Stereogamy” (NorteSul, 2000) ou “The Incredible Shrinking Band” (Zounds, 2003); lembremo-nos. Foi preciso esperar sete anos para voltar a contactar com a indomável e meio demente criatividade da Stealing Orchestra e de João Mascarenhas, o seu regente. Nesta orquestra, sente-se também a presença de Fernando Sousa, Gustavo Costa, Pedro Costa e Henrique Fernandes. Sete anos para voltar a contactar com este recortado e tricotado sonoro, de momentos, ritmos, paisagens e geografias várias, que se vão acumulando num produto sempre diferente, sempre surpreendente. Sempre surpreendente. E porque não existem fórmulas em “Deliverance”, é esse andar à deriva que cativa, que nos faz esperar ansiosamente pela aventura que se segue. Pelo prazer da experimentação. Sem cenário fixo, com um elenco transfigurado e uma história que nunca se repete, sentem-se aromas de várias coisas. São coisas distantes, cruzadas, inesperadas, com tanto de floridas como de tortuosas. Somem-se as fragrâncias de Ana Deus, Rodrigo Leão e João Filipe, a espaços, também eles membros desta afinada desafinada orquestra. São loucas deambulações; temporais; espaciais. São o que são e isso é muito bom.
Que bom; é português!!!
“Deliverance” – Stealing Orchestra (You Are Not Stealing Records, 2011)
01 Evitando o cinismo
02 Enquanto há memória
03 Finding the right self-schema
04 Um Reino Maravilhoso
05 When Conspiracy Theories Become Mainstream
06 A Glorious Moment of Popular Catarsis & Revenge
07 Sem tempo para tudo
08 Earth provides enough to satisfy Every Man’s need
09 Getting Him out of Creation
| ALTERNATIVA | EXPERIMENTAL |
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