Os Smix Smox Smux são uns rapazes cheios de graça. Gostam de brincar e fazem-no com muito estilo. É o refinamento de uma veia lúdica que tão bem serviu para os apresentar em 2009 ao meio musical luso. O disco de então chamava-se “Eles São os Smix Smox Smux” (Amor Fúria, 2009). Já que é verdade que essa veia se mantém assim, viçosa, talvez seja importante centramo-nos neste tal refinamento. Sempre ligados, a música dos Smix Smox Smux parece agora mais crescida, mais estruturada, assentando genericamente num conjunto de melodias bem mais trabalhadas. Mas que não haja dúvidas, são os Smix Smox Smux de sempre, até por alguma loucura que continua bem activa nos genes da banda bracarense. Em boa verdade, tudo faz ainda mais sentido. As letras dos Smix Smox Smux continuam a ser parte central da sua alegria, cheias de ironia e falsetes inesperados, é aí que alguma da sua loucura sobressai. Enfim, é a sonoridade da nova e fresca pop-rock nacional, também marcada pelos sons de um kuduro alternativo, outras danças e a negritude habitual de Adolfo Luxúria Canibal – voz em “Sangue”. Pretensiosos quanto baste, está lançada a primeira lança que há-de um dia derrotar os exércitos capitalistas. Eu acredito.
São os Smix Smox Smux e disso não há qualquer dúvida.

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capa de Os gloriosos Smix Smox Smux...
Smix Smox Smux – “Os gloriosos Smix Smox Smux derrotarão os exércitos capitalistas” (PAD, 2011)

01 Quantas vezes já?
02 Divórcio
03 Disco em lá
04 Sangue
05 Kuduro
06 Gaguejar
07 Magia
08 Pinochet Guevara
09 Ópio
10 País feliz

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.