Que ocidente experimental…
Foi mais ou menos ali, mais ou menos entre o fim dos Heróis do Mar e o nascer dos Madredeus, que Pedro Ayres de Magalhães fez brotar este “O Ocidente Infernal”, um maxi-single datado de 1985 e com etiqueta partilhada entre Fundação Atlântica e a EMI (a segunda acabara de adquirir a primeira).
É pelo Lado A que esta visita começa – normalmente assim é; a visita a um universo sonoro exploratório, de batida minimal, repetitiva, de intensidade crescente. Denso, qual picareta de música em série partindo pedra, maquinalmente, qual fábrica a todo o vapor, cheia, complexa, de movimentos ordenados, orientando esta viagem para uma experiência a ocidente, infernal…em 7 minutos e mais qualquer coisa.
Porque depois, há um Lado B. Mais um dia mais uma viagem. Ao fundo, o barulho do cacilheiro calcorreando as águas disponíveis de um Tejo, vivo. A chuva no toldo, a ondulação, o ruído das pessoas do lado de cá; na viagem, a paisagem do rio, a vida, o dia-a-dia que se aproxima, pop, passo a passo, como que preparando um fim de dia sempre igual. Baixa a rampa do cacilheiro, é tempo de acordar; o rio lá fica, ao fim de 13 minutos, esperando pelo próximo batel que o há-de rasgar…Infernalmente belo.
Uma pequena delícia experimental, pensada para ser a primeira de cinco experiências instrumentais.
Foi mais ou menos ali, mais ou menos entre o fim dos Heróis do Mar e o nascer dos Madredeus, que Pedro Ayres de Magalhães fez brotar este “O Ocidente Infernal”, um maxi-single datado de 1985 e com etiqueta partilhada entre Fundação Atlântica e a EMI (a segunda acabara de adquirir a primeira).
É pelo Lado A que esta visita começa – normalmente assim é; a visita a um universo sonoro exploratório, de batida minimal, repetitiva, de intensidade crescente. Denso, qual picareta de música em série partindo pedra, maquinalmente, qual fábrica a todo o vapor, cheia, complexa, de movimentos ordenados, orientando esta viagem para uma experiência a ocidente, infernal…em 7 minutos e mais qualquer coisa.
Porque depois, há um Lado B. Mais um dia mais uma viagem. Ao fundo, o barulho do cacilheiro calcorreando as águas disponíveis de um Tejo, vivo. A chuva no toldo, a ondulação, o ruído das pessoas do lado de cá; na viagem, a paisagem do rio, a vida, o dia-a-dia que se aproxima, pop, passo a passo, como que preparando um fim de dia sempre igual. Baixa a rampa do cacilheiro, é tempo de acordar; o rio lá fica, ao fim de 13 minutos, esperando pelo próximo batel que o há-de rasgar…Infernalmente belo.
Uma pequena delícia experimental, pensada para ser a primeira de cinco experiências instrumentais.
Que bela prenda, encontrada por essa net fora.
“O Ocidente Infernal” – Pedro Ayres Magalhães (1985/Fundação Atlântica/EMI)
> Lado a – “O Ocidente infernal”
> Lado b – “Adeus Torre de Belém”
Experimental