Há tempos, por aqui, com a recordação dos Lx-90 dizia-se nos comentários que “na altura estavam muito à frente”. Tem piada, hoje peguei no disco dos Ovelha Negra, coisa que há muito tempo não fazia e o sentimento foi em tudo semelhante, extraordinariamente semelhante, não fosse um projecto até sucedâneo do outro (ainda que de estéticas algo diferenciadas). Incrível é a sensação de como este disco poderia perfeitamente ter sido editado no ano passado, bem encravado entre uns a Naifa e uns Donna Maria, por exemplo. A sensação essa, é óptima!
Ignorado do grande público, como infelizmente se imagina, o projecto Ovelha Negra foi uma interessante pedrada no charco da lusofonia do final de século; projecto de algum “fado eléctrico” (como lhe chamaram na altura), de um “rock afadistado” ou de uma “electrónica castiça”, o projecto pop e experimental Ovelha Negra (é disso que se trata) é uma criação pessoal de Paulo Pedro Gonçalves (Heróis do Mar, LX-90 e Kick Out Of Jams), posteriormente colorida pelo interessante trabalho de programação de João Gomes. Obviamente, não é um disco de fado (ainda que alguns temas navegue bem dentro das suas margens), é acima de tudo um disco que explora os sons, os instrumentos, a história da música reescrevendo-a, é um disco experimental e também por isso, nem sempre com grande coerência interna. Pouco importa, é isso que por outro lado lhe confere a beleza – arte em viagem, cruzando múltiplas estéticas. “Por Esta Andar Ainda Acabo a Morrer em Lisboa” é um disco que dá hoje mais prazer do que deu há alguns anos atrás. Não tenho dúvidas.
Passe o trabalho das guitarras e da electrónica e resta referir o trabalho de voz e aqui, deve admitir-se que as interpretações de Miguel Gameiro (Pólo Norte) são das mais curiosas e estimulantes (no melhor registo que alguma vez o vi, sem dúvida) do disco. O enquadramento do timbre no conceito é único e de uma ajustamento quase perfeito.
Um disco a revisitar, sem dúvida…
Ignorado do grande público, como infelizmente se imagina, o projecto Ovelha Negra foi uma interessante pedrada no charco da lusofonia do final de século; projecto de algum “fado eléctrico” (como lhe chamaram na altura), de um “rock afadistado” ou de uma “electrónica castiça”, o projecto pop e experimental Ovelha Negra (é disso que se trata) é uma criação pessoal de Paulo Pedro Gonçalves (Heróis do Mar, LX-90 e Kick Out Of Jams), posteriormente colorida pelo interessante trabalho de programação de João Gomes. Obviamente, não é um disco de fado (ainda que alguns temas navegue bem dentro das suas margens), é acima de tudo um disco que explora os sons, os instrumentos, a história da música reescrevendo-a, é um disco experimental e também por isso, nem sempre com grande coerência interna. Pouco importa, é isso que por outro lado lhe confere a beleza – arte em viagem, cruzando múltiplas estéticas. “Por Esta Andar Ainda Acabo a Morrer em Lisboa” é um disco que dá hoje mais prazer do que deu há alguns anos atrás. Não tenho dúvidas.
Passe o trabalho das guitarras e da electrónica e resta referir o trabalho de voz e aqui, deve admitir-se que as interpretações de Miguel Gameiro (Pólo Norte) são das mais curiosas e estimulantes (no melhor registo que alguma vez o vi, sem dúvida) do disco. O enquadramento do timbre no conceito é único e de uma ajustamento quase perfeito.
Um disco a revisitar, sem dúvida…
“Por Esta Andar Ainda Acabo a Morrer em Lisboa” – Ovelha Negra (1998/BMG)
01 Na noite do sétimo dia
02 Eu menti à saudade
03 Beco dos Ramos
04 Fui andar pela noite
05 Quem me dera ser feliz
06 Tu és minha
07 Todos os teus filhos querem por amor
08 Eu vi o mar
09 Vida perdida
10 27 de Março
11 Não há pior Inferno que o amor
Pop/Alternativo
[…] Ovelha Negra está de regresso aos discos. Chama-se “Ilumina” e é o sucessor de “Por Esta Andar Ainda Acabo a Morrer em Lisboa” (BMG, 1998). ”(…) «No primeiro disco», explica Paulo Pedro Gonçalves, «havia […]
Não deve ser fácil encontrar o disco…
Olá.
Eu foi dos poucos que os vi ao vivo na expo98.
Desde então tenho procurado pelo disco, e nunca encontrei. Onde encontrar?
Tou ansioso por voltar a ouvir