O blues-rock é hoje uma realidade bem viva no panorama da música moderna portuguesa. Seja porque existe um The Legendary Tigerman, seja porque existem uns Nobody’s Bizness ou uns Born a Lion – entre outros, a verdade é que este é um género cada vez mais amarrado ao firmamento das novas sonoridades lusas – nascidas ultimamente, diria. Foi no seguimento desta ideia, que me dispus a recordar um dos expoentes máximos do género em Portugal; não de hoje, de há 25 anos atrás, mais coisa menos coisa, entenda-se. Peguei em “White Traffic” da Go Graal Blues Band.
Corria o ano de 1975 quando Paulo Gonzo, João Allain e alguns amigos, formaram a Go Graal Blues Band, fenómeno importante do movimento roqueiro nacional do fim da década de 70, início da década de 80; pouco comum na altura, a cantar em inglês e com algum sucesso.
Com um line-up algo instável, a aventura discográfica da Go Graal Blus Band começa em 1979 com o homónimo “Go Graal Blues Band”, registo lançado pela Imavox. Em 1982, com Paulo Gonzo na voz, João Allain na guitarra, Fernando Delaere no baixo e Hippo Birdie na bateria, o grupo lança este “White Traffic”, clara materialização de uma evolução técnica e de uma experiência adquirida com os inúmeros concertos dados por esse país fora. O resultado é apenas um, um blues-rock bem eléctrico, competente e capaz de nos fazer vibrar ainda hoje.
É blues e é uma grande recordação.
Corria o ano de 1975 quando Paulo Gonzo, João Allain e alguns amigos, formaram a Go Graal Blues Band, fenómeno importante do movimento roqueiro nacional do fim da década de 70, início da década de 80; pouco comum na altura, a cantar em inglês e com algum sucesso.
Com um line-up algo instável, a aventura discográfica da Go Graal Blus Band começa em 1979 com o homónimo “Go Graal Blues Band”, registo lançado pela Imavox. Em 1982, com Paulo Gonzo na voz, João Allain na guitarra, Fernando Delaere no baixo e Hippo Birdie na bateria, o grupo lança este “White Traffic”, clara materialização de uma evolução técnica e de uma experiência adquirida com os inúmeros concertos dados por esse país fora. O resultado é apenas um, um blues-rock bem eléctrico, competente e capaz de nos fazer vibrar ainda hoje.
É blues e é uma grande recordação.
Na Rádio.Memória está o tema “Hot River”.
“White Traffic” – Go Graal Blues Band (LP, Vadeca, 1982)
01 Lonely
02 Running For Long
03 White Traffic
04 Lover Eyes
05 Emmily
06 Ghetto Drunk
07 N’ Roll
08 Hot River
Blues/Rock
Biografia da Go Graal Blues Band no rockemportugal.blogspot.com e no Anos 80
Luis Filipe Miranda, das duas uma : ou não sabe ler ou não quer interpretar correctamente as minhas palavras por não lhe serem convenientes. Eu respondia-lhe mais detalhadamente mas parece-me escusado para depois você aqui voltar com mais evasivas e redundâncias.
Cumprimentos
Pedro Nunes, você começou por dizer que havia imprecisões nos meus comentários, mas não apresentou uma única. Para além da minha apreciação subjectiva sobre a qualidade da voz do José Carlos Cordeiro (que pode e deve ser objecto de opinião), não há RIGOROSAMENTE nada nos meus comentários que tenha sido desmentido por si, ou por mais alguém. Escreveram alguns esclarecimentos acrescidos, mas não negaram nada do que eu disse.
O Gonzo levou tempo a aprender a cantar, mas hoje é uma das melhores vozes portuguesas. No género, será mesmo a melhor. Não sou só eu que o digo; é também, por exemplo, o Jorge Palma. A opinião do Palma é desqualificada? Ele grava para a Sony Music. Por que será? Pela sua farta cabeleira?
Caro Luis Filipe MIranda, desculpe mas algumas das suas considerações são bastante imprecisas.
Em primeiro lugar, o (Alberto Ferreira) Paulo “Gonzo” (a quem foi posta essa alcunha por o acharem parecido com o Gonzo dos Marretas) jamais fez parte da génese da Go Graal. A banda já existia há algum tempo quando alguns dos outros o convidaram para tocar harmónica. Se a memória ainda ajudar o próprio Gonzo ele até poderá confirmar que tocou harmónica para os outros o ouvirem numa estação do Metro de Lisboa contra a sua vontade pois estava cheio de vergonha. Foi assim a sua “audição” para a entrada da banda, uma história bastante mais engraçada do que a do bilhete para o Coliseu que conta tão frequentemente.
E foi apenas quando o Zé Carlos que “(…) não cantava um corno.” resolveu abandonar a banda que o Gonzo ocupou o lugar de cantor principal na banda. Na minha opinião a banda nessa altura deveria ter deixado cair o “Blues Band” do nome pois o Blues passou a funcionar apenas como principal influência e não como o género musical tocado pela banda. É indiscutível que esse foi o período mais próspero da banda e o Gonzo foi um importante impulsionador da mesma pois niguém cantava em Portugal como ele mas é sempre feio contar essas histórias como as ouvimos e lemos por aí.
Regressando ainda ao Zé Carlos “(…) que não cantava um corno.”, não só na altura cantava sim senhor como ainda hoje em dia o faz. Estamos em 2014 e o Zé que já ultrapassou a barreira dos 60 anos ainda mantém um vozeirão que se deixa conhecer ao final de alguns momentos em conversa com ele.
Acha que se pode dizer o mesmo do Gonzo?
Terceiramente, o último cantor da Go Graal com o qual a banda “fechou” a sua actividade foi nem mais nem menos … o próprio Zé Carlos. E não antes de por lá ter passado o João Melo (conhecido por ex.º pelos Fúria do Açucar) que entrou após a saída do Gonzo. Após esse momento o Zé Carlos regressou à banda e até lhe posso confidenciar que essa formação chegou mesmo a gravar alguns em estúdio mas que nunca chegaram a ser editados.
É óbvio que o Gonzo tem hoje uma carreira sólida com projecção nacional e além-fronteiras e é desde há alguns anos inúmeras vezes mais famoso do que qualquer um dos outros ex-elementos da Go Graal e por esse mesmo motivo um pouco mais de modéstia só lhe ficaria bem sobretudo quando conta estas histórias manipulando e distorcendo os factos a seu bel-prazer. Eu não gosto de parecer tendencioso nestes assuntos mas afinal de contas estamos a falar do homem que tantas vezes disse à boca-cheia que jamais cantaria em língua Portuguesa. A cada um as suas conclusões …
Só mais uma rectificação importante.O Paulo Gonzo já canta no primeiro álbum: uma música intitulada “…For Ma Babe (Gonzo Pleasure)”. Ele era, de facto, harmonicista (como ainda hoje é na sua carteira profissional), mas já compunha e já cantava, como prova essa música. E não foi por não concordarem com a alteração do som da banda que saíram todos, com excepção da espinha dorsal: João Allain e Paulo Gonzo. A maioria foi por motivos profissionais, e um ou outro porque não faziam falta – como se veio a provar.
E o Gonzo andou de facto a colar cartazes e teve mesmo de pagar o bilhete para o concerto no Coliseu – que só se realizou porque ele arranjou uma parte importante do dinheiro para a lugar o espaço.
Mariana Cordeiro,
Que ódio! A Go Grall nunca teria sido nada sem o Paulo Gonzo e o João Allain. O José Carlos Cordeiro não cantava um “corno”. EU VI TODOS OS CONCERTOS E SEI DO QUE FALO!!!!!!
Aliás, quando o Gonzo sai, a banda acaba. Há melhor prova. O último disco, “So Down Train”, em que o Tó Andrade quis mandar, e onde o Gonzo foi só fazer o frete de cantar, foi um fracasso – que levou a saída definitiva do Gonzo e ao fim da banda.
Há por aí ressentimentos por resolver. ;)
Caros Amigos,
Felizmente encontrei este sítio para poder artigos s/ a GGBB. É bom que se fale sempre verdade, e pelo que já li aqui todos vocês pautam por uma humildade, simplicidade e delicadeza que é importante sublinhar.
Todo o modo a música é dos poucos espectáculos aquele que une espectadores, e isso é óptimo.
Agora, gostaria quem me ajudassem, pois na altura (anos 80 ) não tinha aparelhagem, assisti sim a alguns concertos que guardo em memória. Gostaria de adquirir o LP: White Trafic e Blackmail, só tenho o single: Send me away.
Abraço para todos
As minhas desculpas, mas não percebo nada disto de post it, pelo que agradeço retirem o meu comentário anterior por conter erros de redação.
Cara Mariana Cordeiro
No que toca ao papel dos jornalistas nada poderei dizer, agora no que me diz respeito, único responsável por este blog desde Janeiro de 2004, resta-me lamentar o sucedido e pedir desculpa aos lesados. Eventualmente terei sido induzido em erro…até pelo ainda assim comedido sucesso tido pela GGBB a partir do primeiro álbum.
Gostei da nota do Adriano.
Abraço a todos e voltem sempre!
RD
Estamos a falar de acontecimentos de há 30 ou mais anos. Se os protagonistas e outras pessoas participantes estão vivas e notam esses pormenores errados ainda bem que o scorrigem. Sabemos bem que só recentemente é que foram aparecendo livros com biografias de bandas e o tempo é limitado e nem sempre se detecta um ou outro erro. Mesmo falando com os músicos nem sempre a memória ajuda (não vamos começar a dizer se erram de propósito). Quanto a gostos musicais (Blues, Rock, Baladas Pop/rock, etc)depende dos gostos…
O Paulo Gonzo NÃO FOI o fundador da Go Graal Blues Band. Esses foram o José Carlos Cordeiro, Artur Paes, Augusto Mayer, Raul Barrigas, João Allain e António Ferro.
E realmente o único período em que a Go Graal valeu alguma pena, enquanto banda de blues, foi na época do José Carlos Cordeiro (e não João Carlos como aparece em muitos sítios).
Acho uma verdadeira pena e vergonha que o Paulo Gonzo tenha necessidade de mentir e inventar histórias em relação ao percurso desta banda. Mas ele alguma vez cantou no concerto no coliseu?? Não! Nem sequer teve que pagar bilhete para entrar ou colar cartazes na noite anterior como diz em tudo o que é entrevista. Não foi ele o fundador e há que não esquecer que durante muitos anos o papel dele na banda foi mínimo.
Enfim, é pena que tantos jornalistas não façam o seu trabalho correctamente e não verifiquem os dados que publicam. A rtp tem em arquivo os vídeos do célebre concerto, e até entrevistas da banda, e após visualização se percebe quão importante era o papel do P.G. da banda.
Está bem!
Obrigado.
Caro Rui Dinis,
Desculpe a correcção mas tenho de deixar aqui um apontamento.
Em contradição com o que diz, o Paulo Gonzon não esteve na génese da Go Graal. Foi convidado a juntar-se aos restantes que eram, na sua maioria Portugueses acabados de chegar de Angola por via da independência das ex-colónias.
O Paulo entrou para a banda como um dos dois harmonicistas que lá estavam ( veja-se o vídeo do concerto no Coliseu que está no YouTube por ex.º ). Mais ainda, o lugar de cantor da banda pertencia originalmente a José Carlos Cordeiro, vocalista principal no 1º álbum e no single posterior “They send me away”. Só depois da sua saída é que o Gonzo se torna o cantor depois de a maioria dos membros fundadores não ter interesse em prosseguir o caminho musical mais rock que veio concretizar-se.
Assim é que é, está bem ?
Muito obrigado
J.Tex !