Invente-se a máquina de reproduzir o cérebro! industrialize-se o génio! e coa morte perpétua do subjectivismo, da defeciência e do convencionalismo proclamar-se-á a paz definitiva erguida de entre todos os cérebros absolutamente iguais pra dentro. O único dado imprescindível prá invenção da máquina de reproduzir o cérebro é profetizá-la. Fui Eu, portanto, o poeta José de Almada-Negreiros quem a inventou
Andava há dias e dias a pensar na melhor forma de pegar em K4 Quadrado Azul. Não porque tivesse mesmo de ser – não tinha, mas antes porque assim o desejava – e muito. Foi um grupo que vi ao vivo apenas uma vez, num buraco lisboeta qualquer juntamente com os viseenses Bastardos do Cardeal – outra boa lembrança, mas que me deixou gratas recordações; pela energia, pela imaginação, pela provocação, pela experimentalismo, pelo novo rock alternativo que foram ensaiando. É uma boa recordação de um colectivo pouco conhecido.
“Paramessalina” foi financiado em metade pelo Instituto da Juventude no âmbito do “2º Concurso de Novos Valores da Cultura”, ocorrido em Viseu em 1988, que os K4 Quadrado Azul venceram e é o que de mais palpável este colectivo nos deixou (junte-se os temas “Jardineiro” e “Tudo é Meu” incluídos na colectânea “Feedback” de 1990). O resto é fantasia, rock desvairado, um conceito em movimento, ou simplesmente o não-conceito; uma aventura também estética, a recordar.
O disco foi gravado em Agosto de 1990 por Fernado Faustino – voz e coros, João Miguel – guitarra, coros e sampler, Pedro Eloy – piano e sintetizador, Luís Ferreira – guitarras e coros, Hernâni Costeira – baixo e coros e Rui Dâmaso – bateria e percussões.
K4 Quadrado Azul…finalmente.
Na Rádio Memória pode ouvir-se o tema “Jardineiro”, canção incluída na compilação Feedback de 1990.
“Paramessalina” – K4 Quadrado Azul (Edição de Autor, 1990)
Lado A
01 Paramessalina
02 Quinhentista
Lado B
03 Falência do Amor
04 Babilónia
Alternativo