Chegou a vez d’Os Pontos Negros. Com o “Magnífico Material Inútil” a brilhar nas prateleiras, Jónatas Pires (guitarra e voz) aceitou responder à ‘chapa 7′ d’a trompa:

1. Numa frase apenas – ou duas – como caracterizam conceptualmente o álbum “Magnífico Material Inútil”?
Todo o conceito do disco se resumem às três palavras que o intitulam.

2. “Magnífico Material Inútil” é um disco de ‘viragem’ ou um disco de ‘continuidade’, em relação ao vosso anterior registo? Que principais diferenças encontram?
Para nós é um disco de evolução com tudo o que isso acarreta. O espírito da banda continua a ser o mesmo e a nossa abordagem à música também. As diferenças foram essencialmente o tempo que gastámos em estúdio. As duas semanas de gravação permitiram explorar algumas ideias e experimentá-las também. Não deixa de ser um trabalho muito nosso, como todos os anteriores.

3. Este foi um disco feito a pensar no público que vos ouve? Que expectativas têm em relação à sua aceitação?
Partimos para este disco sem expectativas. O facto é que não podemos encarnar as expectativas de toda a gente e corresponder, mas também não é isso que queremos fazer. Com toda a exposição mediática a que o disco tem sido sujeito, temos a noção que este é o primeiro ponto de contacto que muita gente teve com a nossa música, por isso não faz muito sentido falar no “público que nos ouve”, exactamente por sabermos que provavelmente ele iria aumentar bastante com o lançamento do disco. A aceitação também não foi unânime e nunca será, mas nós estamos conscientes da qualidade do nosso trabalho e já estamos bastante contentes por ver cada vez mais pessoas nos concertos.

4. Que sensações esperam que as pessoas retirem da audição do novo disco?
A música fala às pessoas de maneira diferente, por isso é difícil comprimir uma resposta em duas ou três frases. Se puder proporcionar um momento de bem-estar já é um motivo de orgulho.

5. Se tivessem que escolher a faixa que melhor encarna o espírito do novo disco, qual escolheriam? Porquê, mais sucintamente?
Este disco é acima de tudo um álbum, não uma colagem dispersa de canções. Faz sentido ouvi-lo todo do início ao fim, mas talvez destaque a Armada de Pau por causa do refrão. Ainda chega a ser arrepiante para mim, que o escrevi.

6. O que podem esperar as pessoas que vos forem ver ao vivo?

Podem esperar que estejam quatro rapazes a divertir-se em palco, independentemente das circunstâncias.

7. Como vai ser o futuro próximo d’Os Pontos Negros?
Agora só pensamos em tocar no maior número de sítios para o maior número de pessoas, temos uma agenda algo preenchida até ao fim do ano, mas esperamos que até lá ainda surjam mais espectáculos.

som Os Pontos Negros

capa de Magnífico Material Inútil
“Magnífico Material Inútil” – Os Pontos Negros (Universal, 2008)

tipo Rock

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

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