Junto segue a 2ª parte da entrevista a Alexandre Monteiro, realizada por ocasião do lançamento de “Jamboree Park At The Milky Way” – 20 de Abril, segundo álbum de The Weatherman.

[1ª PARTE]

Em “Jamboree Park At The Milky Way” as vozes ganham um maior destaque ainda – os bonitos “Gods Reply” e “Candy Clem” são disso exemplo; mas agora sobre as palavras, não tens pena por vezes que boa parte das pessoas não consiga perceber o que tens para dizer, ao cantares em inglês? Qual o papel da palavra nas tuas canções?
Não, não tenho pena nenhuma, aliás seria para mim muito mais castrador escrever em português… só de imaginar que bastava chegar aqui ao lado a Espanha para ninguém entender o que canto… eu gosto de pensar que qualquer pessoa em qualquer parte do mundo pode entender a minha música. O papel da palavra nas minhas canções é o mesmo que em toda a música que ouço: exprimir sentimentos, contar histórias…

Este disco é a primeira edição da Sublime Impulse, um espaço criativo e de encontro de vários projectos, entre os quais The Weatherman. Queres contar como surgiu esta ideia?
Surgiu por intermédio das outras pessoas que constituem este colectivo. Eu apenas o integrei numa fase posterior. A ideia é um grupo de artistas se apoiarem mutuamente.

Nos concertos de “Cruisin’Alaska” variaste na formação utilizada ao vivo; em número e tipo, ora mais eléctrica, ora mais acústica. O que é tens pensado para os concertos do novo disco?
Para este novo disco somos entre sete e doze pessoas em palco. Também estou preparado para tocar em formato reduzido (acústico), caso seja necessário, mas é com banda completa que estas canções ganham asas, e há momentos de muita gente em palco que vão de encontro ao que está no disco. A verdade é que pela amostra que foram os concertos de pré-apresentação do disco toda a gente diz que em concerto as músicas ainda soam maiores ainda do que em disco.

É para ti um sonho levares a tua música a ser ouvida além fronteiras? Ou não pensas sequer nisso?
A minha maior ambição é poder continuar a fazer a música que gosto, sentir-me realizado com a minha obra, rodear-me de gente com a qual me identifico, e chegar ao maior número de pessoas possível, nunca penso muito até onde quero ou poderei chegar.

Nota-se que tens bastante orgulho no trabalho realizado com o novo disco. Como pensas que as pessoas o vão absorver? Que sensações esperas que retirem da sua audição?

Estas canções expôem sentimentos à flor da pele, e normalmente as pessoas sentem isso nos concertos. E muitas têm características de hinos, e há um sentimento de optimismo que trespassa as minhas músicas que penso que é o que marcará a maior diferença na aceitação das pessoas. É raro hoje em dia saíres de um concerto a sorrir, e isso posso garantir que acontece.

O que podemos esperar do futuro próximo de The Weatherman?
Quero para já continuar a promover este disco até à exaustão, quero chegar a toda a gente. Nem que o tenha que andar a pregar de porta em porta. Porque acho que ele merece.

som The Weatherman.

foto de The Weatherman
tipo Pop

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

2 thoughts on “EM DIRECTO|The Weatherman – 2ª Parte”
  1. […] NOVIDADES|”Jamboree Park At The Milky Way” – The Weatherman 21Abr09 Natural da cidade de Vila Nova de Gaia, Alexandre Monteiro, também conhecido por The Weatherman, editou ontem o seu segundo álbum de originais. Depois do bem sucedido “Cruisin’ Alaska” (Monocromática, 2006), chega-nos agora “Jamboree Park At The Milky Way”, um disco gravado no auditório da Academia de Música de Espinho, recorrendo a músicos dessa casa. Segundo o próprio, “este disco reflecte uma procura de algo que sugerisse uma associação entre algo ligado à terra (o lado mais folk da minha música) e uma ideia de exploração espacial. Pode-se dizer que o disco tem um pé na terra e os olhos postos no espaço. Trata-se dum álbum pensado para ser tocado ao vivo. Acho que vai resultar bem em espaços grandes porque as músicas são empolgantes. As canções que escrevi para este disco são autênticos hinos em potência. É uma espécie de cançoneteiro para ser entoado em qualquer acampamento com vistas privilegiadas para o espaço sideral” (press release). O disco chegou ontem às lojas. Há mais informação na entrevista que este concedeu há dias a este vosso blogue (parte 1 | parte 2) […]

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