Recordando um tempo não muito distante…
Escavando, remexendo na terra que sustém o esquecimento – ou que o motiva, brota hoje por estas bandas Bernardo Devlin e a sua espantosa obra “Circa 1999 – 9 Implosões”. Que a esquece ou ignora, tenho dúvidas.
Elemento co-fundador do histórico e experimental devaneio Osso Exótico, Bernardo Devlin tem neste “Circa 1999 – 9 Implosões” o seu terceiro álbum a solo; após a estadia a Berlin, onde compôs bandas sonoras para uma companhia teatral e após a edição dos discos “World Freehold” (1994) e “Albedo” (1997), “Circa 1999” ficou marcado como o ponto do não retorno – infelizmente perdido por aí, longe do merecido reconhecimento. “Circa 1999 – 9 Implosões” é um disco absolutamente extraordinário e original sendo que quase me apetecia colocar aqui um ponto final; mas não. Há neste disco, feito de 9 implosões, 9 canções, porque é disto que falamos, ainda que de feições algo ortodoxas, algo de verdadeiramente singular, até excêntrico na sua composição. Bernardo Devlin é um cantor, é o próprio que o afirma; é verdade mas é mais do que isso, é um performer da voz, das letras, um construtor de cenários, de mensagens elaboradas ao milímetro e de sons acoplados com uma certeza abismal. “Circa 1999 – 9 Implosões” é um disco de palavra, de canções, às vezes estranhas, mas é também um disco que vive da força do seu ambiente sonoro, da forma como este é torneada pelos músicos que o criaram – Miguel Cintra (percussão), Oliver Vogt (saxofone), Pedro Lourenço (guitarra), Nuno Leão (guitarra), Filipe Valentim (piano) Zé Ernesto (violino) e o Quarteto de Cordas Opus 4, entre outros.
São canções diferentes dizem uns. Pois são e ainda bem; são canções para se ouvir sentado, ouvindo, sentindo sem pressas de absorver o que nos vai sendo oferecido. Este é efectivamente um disco quase único, vindo no seguimento do anterior trabalho do músico, vive de uma nova forma de experimentar o rock, de comunicar, às vezes fria, grave, até silenciosa, outras vezes tão musical – quase sempre, forte, absorvente, quase sempre bem perdida pelo surrealismo das palavras – das emoções. Brilhante.
“Circa 1999 – 9 Implosões” ou a poesia das novas canções da moderna música portuguesa…
Escavando, remexendo na terra que sustém o esquecimento – ou que o motiva, brota hoje por estas bandas Bernardo Devlin e a sua espantosa obra “Circa 1999 – 9 Implosões”. Que a esquece ou ignora, tenho dúvidas.
Elemento co-fundador do histórico e experimental devaneio Osso Exótico, Bernardo Devlin tem neste “Circa 1999 – 9 Implosões” o seu terceiro álbum a solo; após a estadia a Berlin, onde compôs bandas sonoras para uma companhia teatral e após a edição dos discos “World Freehold” (1994) e “Albedo” (1997), “Circa 1999” ficou marcado como o ponto do não retorno – infelizmente perdido por aí, longe do merecido reconhecimento. “Circa 1999 – 9 Implosões” é um disco absolutamente extraordinário e original sendo que quase me apetecia colocar aqui um ponto final; mas não. Há neste disco, feito de 9 implosões, 9 canções, porque é disto que falamos, ainda que de feições algo ortodoxas, algo de verdadeiramente singular, até excêntrico na sua composição. Bernardo Devlin é um cantor, é o próprio que o afirma; é verdade mas é mais do que isso, é um performer da voz, das letras, um construtor de cenários, de mensagens elaboradas ao milímetro e de sons acoplados com uma certeza abismal. “Circa 1999 – 9 Implosões” é um disco de palavra, de canções, às vezes estranhas, mas é também um disco que vive da força do seu ambiente sonoro, da forma como este é torneada pelos músicos que o criaram – Miguel Cintra (percussão), Oliver Vogt (saxofone), Pedro Lourenço (guitarra), Nuno Leão (guitarra), Filipe Valentim (piano) Zé Ernesto (violino) e o Quarteto de Cordas Opus 4, entre outros.
São canções diferentes dizem uns. Pois são e ainda bem; são canções para se ouvir sentado, ouvindo, sentindo sem pressas de absorver o que nos vai sendo oferecido. Este é efectivamente um disco quase único, vindo no seguimento do anterior trabalho do músico, vive de uma nova forma de experimentar o rock, de comunicar, às vezes fria, grave, até silenciosa, outras vezes tão musical – quase sempre, forte, absorvente, quase sempre bem perdida pelo surrealismo das palavras – das emoções. Brilhante.
“Circa 1999 – 9 Implosões” ou a poesia das novas canções da moderna música portuguesa…
“Circa 1999 – 9 Implosões” – Bernardo Devlin (2003/ExtremoOcidente)
01 Hora Morta (E Outros Segundos)
02 Sob Nova Feiçâo
03 À Altura Dos Olhos
04 Novo Alvor (O Canto Da Sala)
05 Ocular
06 Cirros
07 Stet
08 Carta Partida
09 Revisitei Muros (Ao Abrigo Das Intempéries)
Rock/Experimental
[…] 1994), em colaboração com o saxofonista Oliver Vogt; “Albedo” (Ananana, 1997); “Circa 1999 (9 Implosões)” (ExtremOcidente, 2003). “Ágio” é nesse sentido um disco de continuidade. Não […]
[…] – Bernardo Devlin 28Fev09 Bernardo Devlin tem um novo disco. Sucessor de “Circa 1999 (9 Implosões)” (ExtremOcidente, 2003), “Ágio” é a última experiência do co-fundador dos […]
[…] em colaboração com o saxofonista Oliver Vogt, “Albedo” (Ananana, 1997) e “Circa 1999 (9 Implosões)” (ExtremOcidente, 2003), sem esquecer o por editar “August Rough” em parceria com o […]