Não há como fugir à surpresa. Não que esperasse alguma ortodoxia própria de um conjunto de voz e violoncelo. Não, mas em boa verdade, também não sabia bem o que esperar e por não saber o que esperar, sobressaiu claramente a pouca ortodoxia da nobre arte musical de Joana Guerra. Voz e violoncelo cumprem em “Gralha” um caminho de múltiplas variantes, cambiantes diversas que vão da mais pop à mais alternativa, até experimental. Com maior ou menor certeza, a arte ambiental de Joana Guerra cumpre com louvor a razão de nos fixar, de descobrir a sua arte, quer nos momentos de maior crispação, quer nos momentos de maior reflexão. É uma delícia, simples, mas deliciosa. É apenas uma voz  e um violoncelo.

Mas se houver dúvidas, particularmente em França e Espanha, a “Gralha” vai andar por lá em voo nos próximos tempos, é só confirmar, ao vivo:

28 Junho – Porto, Casa da Horta
29 Junho – Pontevedra, Liceo Mutante
30 Junho- Oviedo, Festival ‘Localidades Agotadas’
01 Julho – Zumarraga, Bixamona Fest (+ dSCi)
02 Julho – Bourdeaux
04 Julho – Paris (Belleville), La Cantine
05 Julho – Paris (Chatelêt), Vieux Léon
07 Julho – Sablé-sur-Sarthe
08 Julho – Nantes
09 Julho – Livernon
10 Julho – Perpignan, L’UBU
11 Julho – Barcelona, Taller de Joyeria – El Lavadero
12 Julho – Madrid [ ALTERNATIVA | OUVIR ]

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.