Do “Circo dos Horrores” (Metro-Som, 2008) a “Uma Casa de Bonecas” habitada por gente eventualmente louca. O circo também era de doidos mas agora, com esta casa de bonecas, a história ganha contornos de uma complexidade de difícil interiorização. IGOR (aka Igor Freitas), o mestre de cerimónias, faz questão de conduzir o argumento por caminhos diversos e tão travessos que surpreendem a cada instante. Segue-se pelas veredas do rock, mais ou menos pesado, da pop, do jazz, do darkwave, do cabaret, enfim, por caminhos vários. Há aqui uma certa loucura marcada por múltiplas personalidades, até num mesmo segmento musical. Ouça-se a curiosa viagem que se faz em “Bailarina sem Vestido”, da negritude mais alternativa à pop mais luminosa. Sem género definido, sobressai igualmente toda uma teatralidade tão característica de IGOR e da sua música. Tudo adensado pelo arrojo das versões de “O Corpo é que Paga” de António Variações, “Nini dos Meus Quinze Anos” de Paulo Carvalho e “Ele e Ela” de Madalena Iglésias. Há aqui uma estranheza que se vai entranhando, lentamente, ainda que às vezes, dificilmente. [ALTERNATIVA | OUVIR]
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