aguenta

“Aguenta” (2014) é o título do novo álbum dos Planeta Vaca. Vai daí, Zorba Pinheiro respondeu às 10 habituais questões das ‘curtas’ d’a trompa:

Como nasceu o projecto Planeta Vaca?
Os PLANETA VACA nasceram em 2009 perto da Cidade de Abrantes (Penhascoso), quando eu , Zorba Pinheiro, decidi pôr um anúncio na loja de música da Cidade mais perto. Derivado da dificuldade de no interior se arranjar fez com que fosse difícil arranjar mais que um baterista. Assim, ao fim de ano e meio a compor e a ensaiar sem saber muito bem para onde ir, resolvemos ir assim mesmo à luta, só com dois! Em Novembro de 2011 lançamos a nossa primeira demo que foi composta por três temas: alcateia poder, planeta vaca, renascer. Demo essa de produção caseira, gravada a duas pistas. E começamos a mandar para alguns concursos nacionais de música moderna. A ser seleccionado e a ser bastante premiados, como ponto alto o 1º prémio no Festival de Música Moderna de Corroios, em 2012. Foi assim que começamos a mostrar o nosso trabalho.

O que move Planeta Vaca na música?
O gosto pela música, o prazer de mostrar as nossas ideias, fazer os outros sentirem coisas, tocar para o público…
O sentir que a música pode ser uma arma, pode ser uma terapia… pode ensinar… sei lá, eu como sou artista plástico interesso-me bastante pelas artes e considero a música a suprema… aquela que mais vezes me arrepia.

Um adjectivo que caracterize a música de Planeta Vaca?
Revolucionária

Porquê o título de “Aguenta” para o novo disco?
A meu ver fazia sentido com o estado de coisas deste país controlado por alguns!
A gamela parece está a encurtar, há ratos a saltar fora do navio.
Quando nos mandam aguentar, a mim pergunto-me, que fiz eu!?… e a todos sou provocatório…
– Quem quer mais, quem quer mais?!?!?!… é que há malta parece que dorme bêbado com esmolas e outros que por estarem acordados, fogem. Aqui, do interior, este lado do país é bem mais visível, porque são meios pequenos. E foi também neste contexto que surge esta banda, que sonha em revolucionar mentalidades, também com a sua música.

Numa frase apenas, como caracterizas o novo disco?
É um pós-rock de intervenção bem Português, cru, sincero e INDEPENDENTE.

Se tivesses de escolher a faixa que melhor encarna o ‘espírito’ Planeta Vaca, qual escolherias? Porquê?
Não sei muito bem responder a esta questão, porque todas fazem parte de um contexto/ imaginário PLANETA VACA, todas elas tem revolta em si mesmas e é essa a nossa bitola, mas posso enunciar neste álbum o tema “aguenta tu” porque não fecha a porta à esperança por um Portugal melhor, mais justo!

planetavaca

Aponta duas razões para ouvir – e mesmo comprar – o vosso novo disco?
Melódico e empolgante para quem gosta de rock!

O que podem esperar as pessoas que forem ver Planeta Vaca ao vivo?
Muita energia, GRANDES MALHAS e por vezes guitarras partidas!

Propõe um disco da música portuguesa que te tenha agradado nos últimos tempos – o teu não vale?
Boa questão! à qual não sei responder direito! kkkk
A meu ver o panorama musical em Portugal é muito controlado por interesses, salvo raras excepções em certos programas de autor de algumas rádio. O que o grande público absorve é totalmente filtrado, é triste ouvir certas rádios nacionais, ver certos programas da tv. É preciso conhecer os canais alternativos e que realmente quiser conhecer outras coisas.
Não tenho ouvido álbuns completos, vou antes dizer bandas tugas que admiro a sonoridade: Bisonte, Slimmy, Mundo cão, ukurralle (loool) do lado estrangeiro queria referir Também os Violent Soho, Comanechi, Johnossi…
… e neste contexto poderia dizer mais.

Como vai ser o Verão de Planeta Vaca?
Neste momento estamos em negociações para edição de novo trabalho com uma Label nacional que nos poderá vir a agenciar também, estamos com esperança aos ventos mudem um pouco e que alguém nos ajude a “controlar” um “espaçozinho” no panorama musical nacional também para nós!
Estaremos na BalconyTv dia 12 de Julho e na Super FM com a Telma Dourado em entrevista no mesmo dia.
Provavelmente este verão será a compor, porque a música é uma arma mesmo! [OUVIR]

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.