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[curtas] Beautify Junkyards e o novo “The Beast Shouted Love”

Rui DinisRui Dinis

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Os Beautify Junkyards têm um novo disco, é composto pela primeira vez só por músicas originais e tem distribuição gratuita via NOS Discos. A trompa quis saber um pouco mais sobre o disco e a banda acedeu:

Numa frase apenas quem são os Beautify Junkyards?
Quando a luz do sol ilumina a planície e incide sobre os dentes de leão, é reflectida em radial pelas flores na extremidade, adquirindo várias formas e tomando diferentes direcções, histórias contadas pelos campos até confluir na cidade.

Um adjectivo que caracterize a música dos Beautify Junkyards?
Onírica.

Porquê o título de The Beast Shouted Love para o novo disco?
Aceitar as nossas contradições, as nossas fragilidades, individuais e colectivas, diluí-las com a nossa vivência, com os nossos sonhos e canalizar tudo nisso através da nossa criatividade, expelindo músicas como um sopro, que adornam as nossas memórias do passado e nos projectam para um futuro luminoso.

Em duas ou três linhas, como se caracterizaria o novo disco?
Utilizámos como ponto de partida a matriz folk do primeiro álbum e fomos adicionando outros elementos, na tentativa de criação de um universo peculiar, onde co-habitam influências das experimentações eletrónicas dos anos 60, vestígios da música cósmica alemã, traços caleidoscópicos e rítmicos do tropicalismo, ambientes cinematográficos.

Qual a faixa que melhor encarna o ‘espírito’ de The Beast Shouted Love? Porquê?
Várias faixas são representativas do todo, por exemplo a “Lake”, onde a partir de um universo folk partimos para uma viagem rítmica e mais electrónica ao mesmo tempo em que a letra convida a um mergulho, colorindo e tornando melhores, as memórias menos positivas que tenhamos.

Uma razão muito forte para ouvir o novo disco?
É como estares numa pista de dança rodeado de luzes, pessoas, fumo, imagens a serem projectadas nas paredes, informação à velocidade da luz e de repente descobrires uma porta que dá acesso a um pequeno jardim, repleto de essências, sons, um local mágico onde pode recarregar “baterias”, antes de regressares à pista.

O que esperar dos Beautify Junkyards ao vivo?
Uma viagem pelas músicas do novo álbum, adaptados e transfigurados para a experiência de serem tocadas em palco, alternando-as com algumas músicas do 1º álbum.

Como vão ser os próximos tempos dos Beautify Junkyards?
Promoção do novo álbum, concertos pelo país, participação numa compilação da RDP com a nossa versão de uma música do Zeca Afonso “Que Amor não me Engana” (que temos tocado nos concertos), participação num álbum de caridade de uma editora inglesa com músicas para crianças, lançamento do novo álbum pela NOS Discos no final de Abril e em breve contamos ter mais novidades boas para contar.

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Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.