OLHARES“SOMA” – The Ultimate Architects
Quantos amores têm os The Ultimate Architects? – forma estranha de começar este olhar…vamos ver.
Há mais de um ano atrás, sobre “Elevata”, dizia que “esperava algo mais, algo diferente, em evolução, mais consistente, fora de um registo algo estereotipado que o disco por vezes parece seguir“. Hoje, ao olhar para o último “SOMA”, fico de certa forma mais descansado, comigo mesmo e por todos, obviamente. Não que sinta o pulsar do fim do caminho tragado a passos largos pelos TUA, mas sim por sentir que o estão a fazer de uma forma equilibrada, sensata e consistente, menos estereotipada diria. Representa uma grande evolução, sem dúvida, é o disco final? – ainda não (mal seria!).
Mas, o que procuram os os The Ultimate Architects?
“SOMA” é um disco marcado por duas componentes muito fortes e alguns elos de ligação: uma cristalizada nos fundamentos da pop electrónica dançante, melódica e bem datada, ouça-se o single “Run”, “Somel” ou “Turn now into the light” e uma outra, vincadamente experimental, criadora de ambientes menos reais, mais espaciais, mais interessantes para quem gosta de coisas diferentes, sem dúvida – a introdução com “Take my hand”, “Nanorealidades” (com Adolfo Luxúria Canibal no “spoken word”) e “Amber” são disso um exemplo. Depois temos os elos de ligação entre uma realidade e outra, pontos centrais de união entre os dois pólos, garantia de alguma consistência que se mantém até ao fim, também em parte, por uma produção muito, mas muito mais cuidada (Armando Teixeira, João Megre, M e Luís Van Seixas). Pessoalmente, gostei bastante dos elos: a melancolia de “Collision I”, a dureza de “Collision II” e o início de “Astonishing” tornam o disco mais compacto. A promessa mantém-se. A promessa de um futuro ainda melhor.
Há pouco, perguntava a mim mesmo se seria “SOMA” um disco final. Não, outra vez. É um disco mais seguro do seu caminho, há um conceito que espreita, no entanto, aqui e ali deixa no ar a ideia de que algumas escolhas vão ser feitas de futuro. Ou talvez não. Esta, tal como as outras, é fruto de um olhar muito pessoal.
Hoje temos um disco bastante abrangente, dançante q.b., experimental aqui e ali, saudosista às vezes, futurista outras vezes, também. Em relação a “Elevata” é sem dúvida um disco mais interessante, mais completo, um discoa seguir o seu rumo; há nele momentos de grande balanço.
A pop electrónica portuguesa está viva e de boa saúde…
Há mais de um ano atrás, sobre “Elevata”, dizia que “esperava algo mais, algo diferente, em evolução, mais consistente, fora de um registo algo estereotipado que o disco por vezes parece seguir“. Hoje, ao olhar para o último “SOMA”, fico de certa forma mais descansado, comigo mesmo e por todos, obviamente. Não que sinta o pulsar do fim do caminho tragado a passos largos pelos TUA, mas sim por sentir que o estão a fazer de uma forma equilibrada, sensata e consistente, menos estereotipada diria. Representa uma grande evolução, sem dúvida, é o disco final? – ainda não (mal seria!).
Mas, o que procuram os os The Ultimate Architects?
“SOMA” é um disco marcado por duas componentes muito fortes e alguns elos de ligação: uma cristalizada nos fundamentos da pop electrónica dançante, melódica e bem datada, ouça-se o single “Run”, “Somel” ou “Turn now into the light” e uma outra, vincadamente experimental, criadora de ambientes menos reais, mais espaciais, mais interessantes para quem gosta de coisas diferentes, sem dúvida – a introdução com “Take my hand”, “Nanorealidades” (com Adolfo Luxúria Canibal no “spoken word”) e “Amber” são disso um exemplo. Depois temos os elos de ligação entre uma realidade e outra, pontos centrais de união entre os dois pólos, garantia de alguma consistência que se mantém até ao fim, também em parte, por uma produção muito, mas muito mais cuidada (Armando Teixeira, João Megre, M e Luís Van Seixas). Pessoalmente, gostei bastante dos elos: a melancolia de “Collision I”, a dureza de “Collision II” e o início de “Astonishing” tornam o disco mais compacto. A promessa mantém-se. A promessa de um futuro ainda melhor.
Há pouco, perguntava a mim mesmo se seria “SOMA” um disco final. Não, outra vez. É um disco mais seguro do seu caminho, há um conceito que espreita, no entanto, aqui e ali deixa no ar a ideia de que algumas escolhas vão ser feitas de futuro. Ou talvez não. Esta, tal como as outras, é fruto de um olhar muito pessoal.
Hoje temos um disco bastante abrangente, dançante q.b., experimental aqui e ali, saudosista às vezes, futurista outras vezes, também. Em relação a “Elevata” é sem dúvida um disco mais interessante, mais completo, um discoa seguir o seu rumo; há nele momentos de grande balanço.
A pop electrónica portuguesa está viva e de boa saúde…
Ouçam-se alguns temas de “SOMA”
“SOMA” – The Ultimate Architects (2005/Ed. Autor)
01 Take my hand
02 Run
03 How to disinfect a human being without killing the person in the process (deadly serious & deadly joking)
04 Collision I
05 Some1
06 This river is me
07 Nanorealidades
08 Astonishing
09 Collision II
10 Amber
11 King
12 Turn now into the light
Pop Electrónico
www.theultimatearchitects.com