Não são muitos os dias deste maestro em que o trabalho se mistura com o prazer da música; não são muitos – infelizmente, mas às vezes acontece. Aconteceu ontem, de surpresa. Algures pelo oeste, ali para os lados do Vimeiro, assistiu-se ontem a um espectáculo que teve como convidados os Yemanjazz e Chullage.
Primeiro, Yemanjazz. Não foi um início fácil – inesperado para a esmagadora maioria do público. A isso, some-se ainda o facto de na realidade – a realidade dos comuns, seja lá o que isso for – a primeira audição de Yemanjazz não ser por si um processo muito simples. Ontem, também não o foi. Na verdade, com muita energia, adrelina, às vezes descontrolada, o grupo lisboeta espetou-nos ontem, de chofre, com uma espécie de world-free-jazz aplicado em jeito de jam, a tentar a festa, onde se misturaram referências americanas – do norte e do sul, africanas, enfim, indígenas; quase sempre numa perspectiva de exploração de novos ambientes, de novos limites para a criação sonora – por vezes assentes em cenários quase cacofónicos. Experiência interessante…
Depois, a meio, Chullage entra em cena. A banda Yemanjazz mantém-se a agitar o sonoro e a festa descamba totalmente – num bom sentido – para alguns minutos de intensa comunhão. A pista, antes – estranhamente – livre, estava agora inteiramente ocupada. Aparte, ficou desde logo demonstrada a posição assim como o ascendente que o rapper da Arrentela tem no meio sobre determinados públicos – o de ontem era-lhe quase inteiramente favorável. Por essa hora, também já um alargado grupo de adolescentes espanhóis dava um outro colorida à festa. O espectáculo foi rápido, incisivo e mesmo com um som algo fraco para a ocasião, os braços nunca mais pararam de se agitar no ar, nem as pernas de baloiçar. Com o interessante enquadramento musical dos Yemanjazz, com DJ Madkutz nos pratos e Meko a apoiar na voz, um motivado Chullage ofereceu-nos um curto mas poderoso momento de hip-hop nacional; enérgio e socialmente implicado como é seu timbre. De resto, destaque para o inevitável “Intolerância XL” e para uma boa skazada lá mais para o fim…boa onda.
Os Yemanjazz voltariam para um último destilar de energia – sempre a explorar.
Primeiro, Yemanjazz. Não foi um início fácil – inesperado para a esmagadora maioria do público. A isso, some-se ainda o facto de na realidade – a realidade dos comuns, seja lá o que isso for – a primeira audição de Yemanjazz não ser por si um processo muito simples. Ontem, também não o foi. Na verdade, com muita energia, adrelina, às vezes descontrolada, o grupo lisboeta espetou-nos ontem, de chofre, com uma espécie de world-free-jazz aplicado em jeito de jam, a tentar a festa, onde se misturaram referências americanas – do norte e do sul, africanas, enfim, indígenas; quase sempre numa perspectiva de exploração de novos ambientes, de novos limites para a criação sonora – por vezes assentes em cenários quase cacofónicos. Experiência interessante…
Depois, a meio, Chullage entra em cena. A banda Yemanjazz mantém-se a agitar o sonoro e a festa descamba totalmente – num bom sentido – para alguns minutos de intensa comunhão. A pista, antes – estranhamente – livre, estava agora inteiramente ocupada. Aparte, ficou desde logo demonstrada a posição assim como o ascendente que o rapper da Arrentela tem no meio sobre determinados públicos – o de ontem era-lhe quase inteiramente favorável. Por essa hora, também já um alargado grupo de adolescentes espanhóis dava um outro colorida à festa. O espectáculo foi rápido, incisivo e mesmo com um som algo fraco para a ocasião, os braços nunca mais pararam de se agitar no ar, nem as pernas de baloiçar. Com o interessante enquadramento musical dos Yemanjazz, com DJ Madkutz nos pratos e Meko a apoiar na voz, um motivado Chullage ofereceu-nos um curto mas poderoso momento de hip-hop nacional; enérgio e socialmente implicado como é seu timbre. De resto, destaque para o inevitável “Intolerância XL” e para uma boa skazada lá mais para o fim…boa onda.
Os Yemanjazz voltariam para um último destilar de energia – sempre a explorar.
> Foto: Marina Videira