Chama-se “Beleza Cinzenta” e é o álbum de estreia de C-Vieira, ex-vocalista e mentor dos Puzzle. Aqui, é o próprio que nos fala do seu novo disco; faixa a faixa:
01. Hoje – “Hoje” é o primeiro tema de “Beleza Cinzenta”. A escolha surgiu, naturalmente, devido à temática da letra. “Hoje” retrata, essencialmente, o começo de uma nova fase na minha vida. Foi composto num Fender Rhodes, durante uma agradável madrugada de Verão. Neste tema, tentei salientar os arranjos de guitarra e vozes.
02. A Noite e a Paixão – “A noite e a paixão” é um dos meus temas preferidos de “Beleza Cinzenta”. Foi o segundo tema que compus e arranjei para este álbum. Para o compor, tentei criar harmonias, com acordes “macios”, que suportassem a “Soul” que predomina no meu registo vocal. A letra é um retrato do amor, na sua forma mais pura. Dedico-o à minha namorada.
03. Eternizar – “Eternizar” é um tema cheio de “Funk”. Para o compor, inspirei-me em alguns dos temas de “James Brown”, “Prince” ou “The Commodores”. A harmonia base é muito simples e, como tem poucos acordes, deixou espaço para todos os arranjos que construí à sua volta. A letra fala, essencialmente, do desejo que tenho em tornar a minha música eterna.
04. Perfeição (Tu e Eu) – “Perfeição (tu e eu)” é um dos temas mais entusiasmantes do álbum. Para o compor, inspirei-me em alguns dos discos que a Motown lançou no final da década de 70. Foi composto ao Piano, durante uma tarde, e retrata a saudável relação de dependência que tenho com a minha música.
05. Nova Iorque – “Nova Iorque” é, como o título indica, uma canção dedicada à cidade de Nova Iorque . O tema foi composto num Fender Rhodes e, embora não pareça, inspirado em alguns dos temas de “Nat King Cole”. Retrata a vontade e o desejo que tenho de internacionalizar a minha música.
06. Dançar – “Dançar” foi o primeiro tema que compus para este álbum. É, provavelmente, o tema que tem harmonias menos intuitivas. A letra é um incentivo à positividade e à descontracção.
07. Fazer o que Tens de Fazer – “Fazer o que tens de fazer” é o tema mais curto do álbum. A letra foi inspirada numa frase de José Saramago – “Tenho de fazer, o que tenho de fazer”. Foi assim que Saramago descreveu a sua rotina de escritor, e o excesso de trabalho inerente à profissão, no filme “José e Pilar”. Essa frase desafiou-me a construir algo à sua volta. Assim que cheguei a casa, depois de ver o filme, sentei-me ao piano e compus, em menos de uma hora, a melodia e harmonia deste tema. Agradeço-o a Saramago.
08. Xadrez – “Xadrez” foi o ultimo tema que compus para este álbum. Em “Xadrez”, procurei criar harmonias melancólicas que pudessem acompanhar a revolta da letra. O tema retrata os problemas sociais e financeiros que, neste momento, o nosso país está a atravessar.
09. Mudança – “Mudança” é um dos temas mais crús de “Beleza Cinzenta”. Para compor esta música, inspirei-me am algumas das canções de “Chuck Berry”. Neste tema, tentei criar uma harmonia base consistente, para poder reduzir o número de arranjos, e de instrumentos, ao mínimo possível. O objectivo foi dar à música uma sonoridade crua e “suja”. A letra é um incentivo à mudança, à criação e à inovação. É um combate declarado à inércia.
10. O Lugar – “O lugar” é a minha homenagem à Música. Foi um dos primeiros temas do álbum a ficar concluído. Foi composto ao Piano, durante um chuvoso dia de Outono. No processo de composição, tive a preocupação de criar harmonias suaves que pudessem suportar a emoção da voz.
C-Vieira – “Beleza Cinzenta” (Music in my Soul, 2011)
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