Pelo menos uma coisa é certa: o rock’n’roll continua a ferver nas veias de Born a Lion. E célere.
Se “John Captain” (Rastilho Records) serviu de aperitivo, em 2006, construído em volta de uma sonoridade muito blues, “Bluezebu” é já um distinto prato principal; mais completo; mais saboroso ainda. Mais ou menos blues, mas sempre rock, o novo álbum dos marinhenses Born a Lion é servido com energia e grande feeling, fruto de um visível amadurecimento face ao esteticamente idealizado. Se os blues continuam como parte da matriz principal, é o rock’n’roll, numa visão global, que assume agora uma maior preponderância. Menos fechado, permite à banda crescer por dentro, mostrando por fora uma conjunto de temas mais homogéneos, figuras de uma imagem de todo bastante coerente. Se estranharam o baladeiro single de estreia, “Rock’n’Roll Tone” – com participações especiais de Sean Riley (guitarra acústica), Filipe Costa (teclado) e Ramon (guitarra), não se desiludam e deixem-se absorver pela natureza sincera com que o trio composto por Rodriguez (voz, bateria e harmónica), Melquiadez (guitarras) e Nuñez (baixo e teclados), construiu o resto do álbum. Como faz sentido.
Com alma e iguais a si próprios, “Bluezebu” é um disco para sentir; do princípio ao fim.
“Bluezebu” – Born a Lion (Lux Records, 2009)
01 Call me wild
02 Soldier blues
03 Rock n´ roll tone
04 Chemical lies
05 Babylon
06 Daisies and diamonds
07 Kings of the badlands
08 Space travelling
09 Warlords
10 Holy trap (Bonus track)
11 Rusted man in jail (Bonus track)
[…] “Pelo menos uma coisa é certa: o rock’n’roll continua a ferver nas veias de Born a Lion. E célere.” (a trompa) […]