Alegria e fantasia com os portuenses MU…
A repetida audição de “Folhas que Ardem” (Ed. Autor), o disco de 2012 dos MU, dá-nos sempre a ideia que o grupo nortenho não cabe neste nosso mundo. Que são figuras fantásticas com poderes especiais, que os fazem estar aqui e no minuto seguinte estar noutro lado qualquer, no outro lado do mundo. São os poderes mágicos da música do mundo.
São seres viajantes, com os bornais cheios, a abarrotar de instrumentos vindos dos quatro cantos mundo. Qual expressão máxima de uma liberdade criativa, que junta seres e culturas várias numa comemoração só, num disco apenas. É o poder da liberdade. O poder de fundir, de experimentar, de resgatar ao passado o tradicional e convertê-lo em algo novo, luminosamente fresco e moderno.
Ao terceiro disco, os MU acentuam a sua veia viajante, mas acentuam também uma capacidade de tornar a dança definitiva e necessária como o respirar. É ela que marca o andamento, essa vontade incontrolável de ser e estar inquieto. Viva à inquietude subversiva dos MU. [OUVIR]
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